Economia

Merkel rebate ministro que quer Grécia fora do euro

O ministro do Interior alemão, Hans-Peter Friedrich, declarou que a Grécia teria mais possibilidade de se recuperar economicamente fora da zona do euro

Angela Merkel, chanceler alemã: o objetivo do governo alemão é 'estabilizar a Grécia dentro da zona do euro' (Angelika Warmuth/AFP)

Angela Merkel, chanceler alemã: o objetivo do governo alemão é 'estabilizar a Grécia dentro da zona do euro' (Angelika Warmuth/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 12h25.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, rejeitou claramente nesta segunda-feira as declarações de seu ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, quem declarou que a Grécia teria mais possibilidade de se recuperar economicamente fora da zona do euro.

O porta-voz do Executivo, Steffen Seibert, afirmou à imprensa que 'a questão decisiva' hoje é que o Gabinete conseguiu chegar a uma posição e o Bundestag (Parlamento federal) votar na tarde desta segunda o apoio ao segundo aporte de ajuda à Grécia.

'Merkel não concorda com essa avaliação', afirmou o porta-voz, que destacou que o objetivo do Governo alemão é 'estabilizar a Grécia dentro da zona do euro'.

Já o porta-voz do Ministério do Interior, Markus Beyer, tentou explicar que nas declarações de Friedrich divulgadas neste fim de semana pela revista 'Der Spiegel', o ministro expressou apenas sua opinião pessoal.

Beyer reconheceu que na coalizão do Governo, composta pelos democratas-cristãos de Merkel, os cristãos-sociais bávaros - aos quais pertence Friedrich - e os liberais, houve um 'debate' sobre o novo resgate à Grécia.

Seibert acrescentou que o Governo tem uma única posição, um 'caminho que não está isento de riscos', mas é o 'correto'.

Friedrich alegou em declarações publicadas pela 'Der Spiegel' que a Grécia teria mais chance de se recuperar fora da zona do euro. O ministro não falou em 'expulsar' o país, mas em criar mecanismos para 'estimulá-lo' a abandonar a união monetária.

'Fora da união monetária, a Grécia teria maiores condições de se restabelecer e ser mais competitiva do que dentro da zona do euro', apontou Friedrich, segundo a publicação alemã.

O ministro se tornou o primeiro membro do Governo de Merkel a favorecer essa possibilidade, o que ocorreu na véspera da votação no Bundestag. 

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