Economia

Merkel quer acordo para estabilidade da zona do euro

Frankfurt - Países que ameaçam a estabilidade da zona do euro deveriam ser excluídos, sugeriu hoje a chanceler alemã Angela Merkel. "Precisamos de um acordo que, como último recurso, permita excluir um país da zona do euro se, insistentemente, não cumprir com as exigências", afirmou Merkel em depoimento na Câmara Baixa do Parlamento. A zona […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Frankfurt - Países que ameaçam a estabilidade da zona do euro deveriam ser excluídos, sugeriu hoje a chanceler alemã Angela Merkel. "Precisamos de um acordo que, como último recurso, permita excluir um país da zona do euro se, insistentemente, não cumprir com as exigências", afirmou Merkel em depoimento na Câmara Baixa do Parlamento. A zona do euro compreende hoje 16 países que utilizam em comum o euro como moeda.

As observações de Merkel são uma clara lembrança da relutância da Alemanha em preparar um pacote de resgate financeiro detalhado para a Grécia. Os ministros das finanças da zona do euro têm discutido um plano de contingência que poderia ser aprovado pelos líderes dos governos dos países da região na próxima semana em Bruxelas, mas as autoridades alemãs evitam concluir um plano, tampouco esperam fazer qualquer anúncio nesse sentido.

Em dezembro, o Banco Central Europeu (BCE) divulgou um documento dizendo que a expulsão de um país-membro da zona do euro seria quase impossível pela lei da União Europeia (UE) e que a saída voluntária de um país do bloco implicaria também sua saída da União Europeia.

Merkel tem dito que um mecanismo de expulsão - mencionado pela primeira vez como um dos poderes do Fundo Monetário Europeu sugerido pelo ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble - exigiria mudança no tratado da moeda única do bloco e a aprovação de todos os 27 membros da UE, não apenas dos 16 países da zona do euro.

Mas a obtenção de tal aprovação seria extremamente difícil, senão impossível. "Não acredito que tal mudança do tratado seja possível", disse o economista-chefe do Centro para Reforma Europeia, um centro independente de pesquisa londrino, Simon Tilford.

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