Economia

Merkel pede que eurozona continue ajuste fiscal

Os níveis de dívida na maioria dos países industrializados continuam insustentáveis em longo prazo e o desemprego alcançou níveis recorde em muitos países


	A chanceler alemã, Angela Merkel, fala com a imprensa em Bruxelas: todas as medidas econômicas devem ser acompanhadas de esforços para reduzir o desemprego
 (John Thys/AFP)

A chanceler alemã, Angela Merkel, fala com a imprensa em Bruxelas: todas as medidas econômicas devem ser acompanhadas de esforços para reduzir o desemprego (John Thys/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2012 às 16h24.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, e os líderes das cinco maiores organizações econômicas internacionais pediram nesta terça-feira, em comunicado à imprensa, que os países da eurozona continuem com o ajuste fiscal e o acompanhem com reformas estruturais para melhorar a competitividade.

"Para recuperar a confiança e melhorar as expectativas de crescimento e emprego, são necessárias medidas coerentes de consolidação fiscal que devem ser acompanhadas por reformas estruturais", diz o comunicado assinado pelos lideres do Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a Organização Internacional do Trabalho e Organização Mundial do Comércio.

O comunicado adverte que a recuperação da economia mundial é um processo que passa por águas turvas apesar do FMI esperar um crescimento do PIB mundial de 3,3% neste ano e de 3,6% no próximo.

Os níveis de dívida na maioria dos países industrializados continuam, segundo o comunicado, insustentáveis em longo prazo e o desemprego alcançou níveis recorde em muitos países.

Tudo isso causou uma insegurança que, segundo o documento, impediu que a confiança dos mercados e os investidores atingisse os níveis de antes da crise.

Na eurozona, o ajuste deve ser combinado com reformas estruturais que deem impulso ao crescimento através de uma melhora da competitividade.


Os Estados Unidos, acrescenta o comunicado, precisam traçar um plano de consolidação fiscal que tenha credibilidade e os países emergentes devem se concentrar em uma política de inclusão que contribua para diminuir os desequilíbrios globais.

Como prioridades para os próximos anos, tanto para os países industrializados como para os emergentes, o documento define a melhora dos sistemas educacionais e de formação, as reformas do setor da saúde e do mercado de trabalho, o fortalecimento da competitividade e o incentivo às inovações.

Todas as medidas econômicas devem ser acompanhadas de esforços para reduzir o desemprego, dando especial ênfase ao desemprego juvenil, acrescenta o comunicado.

O texto também ressalta a importância do livre-comércio para o bom desenvolvimento da economia mundial e a criação de emprego.

Estiveram na reunião com Merkel o secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría; o presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

Participaram ainda o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, e o da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Rider. 

Acompanhe tudo sobre:Angela MerkelCrise econômicaEuropaPersonalidadesPolíticosUnião Europeia

Mais de Economia

G20 se compromete a 'cooperar' para taxar grandes fortunas

Olimpíada de 2024 pode movimentar até 11 bilhões de euros, diz estudo

Aneel aciona bandeira verde e conta de luz deixará de ter cobrança extra em agosto

Governo prevê espaço extra de R$ 54,9 bi para gastos em 2025

Mais na Exame