Economia

Merkel insiste em rejeitar eurobônus

A chanceler alemã considera que o mecanismo não resolveria a crise da zona do euro

"Temos os instrumentos necessários", afirmou a chanceler perante um congresso em Hannover da União Democrata-Cristã (Julian Stratenschulte/AFP)

"Temos os instrumentos necessários", afirmou a chanceler perante um congresso em Hannover da União Democrata-Cristã (Julian Stratenschulte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 12h57.

Hannover - A chanceler alemã, Angela Merkel, insistiu nesta terça-feira na rejeição ao eurobônus por considerar que o mecanismo não resolveria a crise da zona do euro, e acrescentou que a Europa já tem instrumentos precisos para fazer frente à situação.

"Temos os instrumentos necessários", afirmou a chanceler perante um congresso em Hannover da União Democrata-Cristã (CDU), o partido que preside, para enumerar a continuação do pacto fiscal ao fundo de resgate "como mecanismo a ser ativado" quando um dos membros da UE precise.

O Banco Central Europeu (BCE) está, além disso, "disposto a atuar sob precisas condições", acrescentou Merkel, assinalando que não pode esperar que a atual crise possa ser resolvida com "um golpe", assim como com mecanismos como os eurobônus.

"A crise não será resolvida da noite para o dia, porque não foi originada desta maneira", disse a chanceler, para ratificar a continuação de que o euro sairá reforçado da atual crise.

Merkel iniciou seu discurso perante os cerca de mil de delegados da CDU advertindo que ninguém pode "prever" quando a crise da zona do euro poderá ser superada, ao tempo que sentenciava que o partido que preside e seu governo são o caminho correto para ajudar a resolver a situação.

"Vivemos tempos turbulentos" e neste contexto a CDU tem uma "clara bússola para dirigir a situação".

A chanceler, que tentará a reeleição como líder do partido que preside há 12 anos, fez um claro pronunciamento a favor da continuidade de sua atual coalizão de governo com o Partido Liberal (FDP) após as eleições gerais do próximo 2013. 

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