'Somos conscientes de que o crescimento e o emprego devem ser prioritários' na hora de resolver a crise que atinge a zona do euro, disse Sarkozy após encontro com Mekel (Julien M. Hekimian/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2012 às 11h17.
Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciaram nesta segunda-feira progressos nas negociações para o pacto fiscal na União Europeia (UE) e destacaram que apresentarão propostas para aumentar o crescimento e o emprego na Europa.
Ao final da reunião de duas horas na Chancelaria Federal, Merkel ressaltou que as negociações para o pacto fiscal 'avançam em bom ritmo' e que os acordos poderiam estar prontos para a cúpula extraordinária da UE no fim de mês.
'Somos conscientes de que o crescimento e o emprego devem ser prioritários' na hora de resolver a crise que atinge a zona do euro, disse Sarkozy, que comentou que 'não haverá futuro para a Europa se a Alemanha e França não entrarem em acordo'.
Quanto à situação da Grécia, ambos os governantes ressaltaram seu desejo de que o país continue sendo membro da zona do euro, mas pediram avanços nas negociações com os bancos para o refinanciamento voluntário da dívida e a pronta realização do segundo programa financeiro para facilitar o pagamento do próximo lance do resgate.
A chanceler alemã e o presidente francês ressaltaram sua vontade de acelerar o ingresso de capital no futuro fundo de resgate permanente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).
Sarkozy insistiu na necessidade de introduzir um imposto para as transações financeiras o mais rápido possível, o que Merkel considerou 'uma boa iniciativa', embora acredite ser 'melhor' adotar essa medida em toda a UE.
Esta reunião faz parte da nova rodada de contatos empreendidos por Angela Merkel após a virada do ano, que tem como objetivo preparar o terreno para o encontro de líderes da UE, previsto para 30 de janeiro.
A chanceler se reunirá nesta terça-feira com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e na quarta-feira com o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti.