Economia

Merkel e Macron adiam apresentação de reformas à zona do euro

Merkel e Macron acenaram com a perspectiva em dezembro de apresentar propostas franco-germânicas para fortalecer o bloco da moeda

Macron e Merkel: "Foi cancelado", disse uma autoridade da UE com conhecimento direto das preparações (Fabrizio Bensch/Reuters)

Macron e Merkel: "Foi cancelado", disse uma autoridade da UE com conhecimento direto das preparações (Fabrizio Bensch/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de março de 2018 às 13h38.

Berlim- A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, adiaram um plano para propor reformas na zona do euro em uma cúpula de líderes europeus este mês, noticiou a Der Spiegel neste sábado.

"Foi cancelado", disse uma autoridade da UE com conhecimento direto das preparações para a cúpula à revista alemã.

Merkel e Macron acenaram com a perspectiva em dezembro de apresentar propostas franco-germânicas para fortalecer o bloco da moeda, que tem 19 membros, em uma cúpula da União Europeia em março.

Mas autoridades alemãs disseram que Berlim precisava de mais tempo para coordenar com Paris seus planos para a zona do euro, devido às anormalmente longas negociações para formar uma coalizão após a eleição federal de setembro, informou a revista.

Um porta-voz do governo alemão disse que não poderia confirmar ou negar a reportagem, acrescentando que Merkel está determinada a trabalhar de maneira próxima a Macron nas reformas da zona do euro.

"Eu posso imaginar que algumas coisas podem ser adiadas, uma vez que a formação de nosso governo demorou um pouco mais. Mas ainda é muito cedo para confirmar isso", disse o porta-voz Georg Streiter.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse nesta quarta-feira que os líderes da UE discutirão o comércio global e a ameaça de uma disputa comercial séria na cúpula, em 22 e 23 de março.

Merkel e Macron prometeram repetidamente aprofundar a cooperação franco-germânica e dar à União Europeia um impulso renovado em direção à maior integração.

Sem um acordo entre os dois líderes, cujas economias correspondem a 50 por cento da produção da zona do euro, é improvável que qualquer ambição de atualizar a união monetária e econômica e ajudar o bloco a suportar quaisquer crises futuras vá em frente.

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