Economia

Mercosul quer aplicação provisória de acordo com UE, diz Uruguai

Negociação foi feita em junho, mas vigência depende da aprovação do Parlamento Europeu e dos 28 países do bloco, além dos quatro sul-americanos

Mercosul: bloco sul-americano fechou acordo com União Europeia em junho (Mtcurado/Getty Images)

Mercosul: bloco sul-americano fechou acordo com União Europeia em junho (Mtcurado/Getty Images)

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AFP

Publicado em 15 de julho de 2019 às 21h52.

O Mercosul vai buscar a aplicação provisória de seu acordo comercial com a União Europeia uma vez ratificado pelo Parlamento Europeu, disse nesta segunda-feira (15) Valeria Csukasi, coordenadora das negociações do Uruguai.

"Esta é uma das claras decisões que o Mercosul vai tomar", disse Csukasi na cidade argentina de Santa Fé, após se reunir com seus contrapartes de Brasil, Argentina e Paraguai para preparar o encontro de quarta-feira dos presidentes do bloco.

O acordo entre o Mercosul e a UE para formar um dos maiores mercados do mundo foi alcançado em 28 de junho, mas sua vigência depende da ratificação prévia do Parlamento Europeu e dos 28 países do bloco, além dos quatro sul-americanos.

Como a finalização de todo este processo legislativo pode levar anos, o Mercosul buscará que possa vigorar bilateralmente, disse Csukasi.

"Tendo a possibilidade de que este acordo comece a entrar em vigor provisoriamente para a UE com a simples aprovação do Parlamento Europeu - não de todos os países-membros - vamos apostar na entrada em vigor bilateral, de país (europeu) ao país do Mercosul", afirmou.

Csukasi explicou que à medida em que cada sócio do Mercosul o ratifique, poderá comercializar sob o novo regime sem ter que aguardar pelos demais.

O acordo eliminará em até 15 anos 91% das tarifas e taxas do Mercosul a produtos europeus e a UE fará o mesmo com 92% de seus produtos em dez anos.

A ratificação do tratado é um tema delicado, pois o deixa à mercê de vaivéns políticos dos dois lados do Atlântico. Este ano Uruguai e Argentina vão celebrar eleições, enquanto na Europa o acordo reacendeu a hostilidade dos produtores agrícolas e de grupos ambientalistas.

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