Economia

Mercosul assinará acordo de compras governamentais

Possibilidade de o Paraguai ficar temporariamente fora do acordo havia sido informada mais cedo pelo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes

Mercosul: acordo abre para as empresas brasileiras um mercado potencial de RS 15 bilhões ao ano (Mercosul/Divulgação)

Mercosul: acordo abre para as empresas brasileiras um mercado potencial de RS 15 bilhões ao ano (Mercosul/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 21h58.

Brasília - Os países integrantes do Mercosul assinarão nesta quinta-feira, 21, durante a cúpula presidencial, o acordo de compras governamentais.

"No pior dos cenários,assinam sem o Paraguai", informou ao jornal "O Estado de S. Paulo" o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache.

A possibilidade de o Paraguai ficar temporariamente fora do acordo havia sido informada mais cedo pelo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. As negociações prosseguem e havia poucos sinais de que o Paraguai também assinaria o protocolo.

Segundo Arbache, o acordo abre para as empresas brasileiras um mercado potencial de RS 15 bilhões ao ano.

É um dado menor do que os US 80 bilhões estimados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) porque diz respeito apenas às compras do governo federal. Ficam de fora os Estados, municípios e empresas estatais.

Na mão contrária, O Brasil abrirá um mercado de RS 40 bilhões para fornecedores argentinos, uruguaios e eventualmente paraguaios.

O acordo prevê que compras de produtos e serviços acima de RS 500 mil feitas pelo governo federal deverão ser abertas à participação de empresas do Mercosul em iguais condições.

No caso de obras públicas, a abertura será para contratos acima de RS 20 milhões. Há exceções, como a compra de medicamentos.

A vantagem do acordo, destacou Arbache, é que ele vai induzir a uma harmonização de regulamentos técnicos e de procedimentos.

Por exemplo, O governo não poderá fazer compras dispensando licitações. "Elas vão favorecer mais comércio e investimentos,além de melhorar a transparência", disse o secretário.

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