Economia

Mercado referenda expectativa de corte da Selic, mostra Focus

Em relação ao Produto Interno Bruto, a mediana das projeções aponta para uma expansão de 2,51 por cento este ano

Boletim Focus: economistas de instituições financeiras referendaram a expectativa de corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros nesta semana (ThinkStock/Thinkstock)

Boletim Focus: economistas de instituições financeiras referendaram a expectativa de corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros nesta semana (ThinkStock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 14 de maio de 2018 às 09h07.

São Paulo - Economistas de instituições financeiras referendaram a expectativa de corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros nesta semana e reduziram com força sua projeção para a atividade econômica neste ano na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne na terça e na quarta-feiras para discutir a Selic, e a nova redução de 0,25 ponto percentual, para 6,25 por cento, já era esperada após indicações da própria autoridade monetária, antes de encerrar o ciclo de flexibilização para avaliar os próximos passos.

O Focus mostrou que a expectativa é de que a taxa básica de juros seja mantida em 6,25 por cento no encontro de junho. Os especialistas consultados também continuam vendo a taxa básica a 6,25 e 8 por cento respectivamente em 2018 e 2019.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também não alterou a visão de que a Selic terminará este ano e o próximo respectivamente a 6,25 e e 7,5 por cento.

A expectativa de novo corte foi mantida apesar da recente alta do dólar, uma vez que a inflação permanece em níveis baixos. As contas para a moeda norte-americana neste ano subiram pela quarta vez seguida, a 3,40 reais de 3,37 reais antes.

Entretanto, a expectativa para a alta do IPCA em 2018 foi reduzida em 0,04 ponto percentual, a 3,45 por cento, e em 0,03 ponto para o ano que vem, a 4 por cento.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das projeções aponta para uma expansão de 2,51 por cento este ano, forte redução em relação aos 2,70 por cento calculados antes, chegando a 3,0 por cento em 2019, conta inalterada.

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