Economia

Mercado melhora previsão do PIB pela 5ª vez, mas queda da indústria piora

Mercado passou a ver contração de 5,66% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, contra queda de 5,77% estimada no levantamento anterior

Boletim Focus estima queda da produção industrial em quase 8% (Ingo Roesler/Getty Images)

Boletim Focus estima queda da produção industrial em quase 8% (Ingo Roesler/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 3 de agosto de 2020 às 09h25.

Última atualização em 3 de agosto de 2020 às 09h28.

O mercado reduziu a expectativa de contração da economia brasileira neste ano pela quinta semana seguida, embora tenha piorado o cenário para a indústria, mostrou a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.

Os especialistas consultados passaram a ver contração de 5,66% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, contra queda de 5,77% estimada no levantamento anterior. A melhora se deu apesar de a pesquisa mostrar agora uma perspectiva de queda da produção industrial de 7,92%, contra recuo de 7,86% estimado antes.

Para 2021, o mercado continua projetando crescimento do PIB de 3,50%, com a indústria crescendo 4,0%.

O levantamento semanal registrou ainda ajuste no cenário para o IPCA, com alta prevista para este ano de 1,63% contra 1,67%, permanecendo o cálculo de inflação de 3,0% em 2021.

O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O cenário também não mudou para a política monetária, com a taxa básica de juros Selic ainda estimada em 2,0% em 2020 e em 3,0% em 2021.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a Selic a 1,88% este ano na mediana das projeções, e a 2,25% em 2021.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBoletim FocusIndústriaInflaçãoPIB

Mais de Economia

Lula se reúne hoje com Haddad para receber redação final do pacote de corte de gastos

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?