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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h53.
Assim como ontem (16/07), o movimento dos negócios nos mercados brasileiros deve ser fraco nesta quarta-feira. Os investidores esperam o fim da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidirá sobre o valor da taxa anual de juros básica, atualmente em 18,5%.
Ontem, o compasso de espera já foi sentido. O mercado de câmbio sofreu alta volatilidade e o dólar comercial fechou em leve alta, de 0,49%, em 2,87 reais. As negociações na Bolsa de Valores de São Paulo também oscilaram bastante durante o dia e o pregão encerrou em baixa de 0,5%.
Boa parte do mercado acredita na manutenção da Selic, com viés de baixa, mas mesmo que a taxa sofra redução (como esperam alguns analistas) o mercado financeiro deve sentir pouco os reflexos da decisão do Copom. Isso porque o cenário internacional continua influenciando os humores dos investidores internos.
Ainda reagindo às recentes descobertas de fraudes contábeis, as bolsas americanas sofrem uma crise de confiança. Nem o discurso otimista de Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos), conseguiu segurar a queda de 1,92% da Dow Jones e de 0,53% da Nasdaq.
Os investidores internos terão de lidar ainda com dois dados importantes, um político, outro econômico. O primeiro diz respeito ao avanço do candidato Ciro Gomes (PPS) na pesquisa do Ibope, divulgada ontem a noite. Ciro aparece isolado em segundo lugar, com 22% da intenção de votos. O candidato do governo, José Serra, está em terceiro, com 15%. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda ocupa o primeiro lugar, com 33%.
O fundamento econômico de hoje vem da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulga a segunda prévia do IGP-M de julho. A expectativa dos analistas do BBV Banco é de alta de 1,3%, pressionada pela depreciação cambial nos preços do atacado.