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Mercado de uva orgânica cresce entre vinícolas do sul

Rio Grande do Sul, conhecido por abrigar inúmeras vinícolas, demonstra interesse pelo plantio e a produção de produtos fabricados a partir da uva orgânica

Taça de vinho: apesar do preço da produção da uva orgânica ser aproximadamente 15% maior do que o da uva americana, há uma boa demanda no mercado (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 10h54.

Bento Gonçalves - O Rio Grande do Sul , conhecido por abrigar inúmeras vinícolas que são responsáveis pela maior parte da produção de vinho , espumante e suco de uva do mercado brasileiro, tem demonstrado um crescente interesse pelo plantio e a produção de produtos fabricados a partir da uva orgânica.

Apesar do preço da produção da uva orgânica ser aproximadamente 15% maior do que o da uva americana - o carro-chefe dos produtores brasileiros, o que significa um aumento do preço final -, há uma boa demanda tanto no mercado de vinho, como no mercado de suco de uva, de acordo com Flávio Ziglio, enólogo da cooperativa Aurora .

"O manejo da uva orgânica, já que o solo não pode ter nenhum tipo de contato com herbicida ou qualquer outro tipo de fungicida há três anos, de acordo com a legislação brasileira, requer mais cuidado por conta das pragas. O produtor tem que ter muito cuidado, senão pode perder a safra inteira. Por isso acaba sendo mais caro", disse Ziglio em entrevista à Agência Efe.

De acordo com a legislação, apenas o sulfato de cobre é permitido no cultivo da fruta, além dos compostos orgânicos, o que acaba encarecendo o processo e influenciando no preço final dos produtos.

Na cooperativa Aurora, a maior parte das uvas orgânicas é utilizada na fabricação de vinho de mesa. No mercado brasileiro, esse tipo de vinho pode custar até 20% a mais do que o convencional.

De acordo com Ziglio, o quilo da uva americana gira em torno dos R$ 0,60, enquanto o da uva orgânica chega a R$ 0,70.

Por ano, a Aurora vende 30 mil litros de vinho produzido a partir da uva orgânica. Para cada litro, é utilizado cerca de 1,5 kg de uva. Se comparado com o mercado de vinho tradicional, esse número ainda é inexpressivo. "Apesar de ainda ser um mercado pequeno, ele está crescendo e a demanda aumentando", de acordo com o enólogo.

A mesma coisa acontece com o suco feito com uva orgânica. A Salton, maior produtora de espumante do Brasil, não faz vinho a partir da uva orgânica, mas aposta no mercado de sucos.

Segundo o presidente da empresa, Daniel Salton, apesar desse tipo de produção ser mais cara, a procura tem sido boa e o preço do produto final "não influencia muito porque as pessoas que estão em busca desse tipo de produto não se importam tanto com o preço e sim com a certeza de que o solo foi cultivado sem nenhum tipo de fungicida".

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Bento Gonçalves - O Rio Grande do Sul , conhecido por abrigar inúmeras vinícolas que são responsáveis pela maior parte da produção de vinho , espumante e suco de uva do mercado brasileiro, tem demonstrado um crescente interesse pelo plantio e a produção de produtos fabricados a partir da uva orgânica.

Apesar do preço da produção da uva orgânica ser aproximadamente 15% maior do que o da uva americana - o carro-chefe dos produtores brasileiros, o que significa um aumento do preço final -, há uma boa demanda tanto no mercado de vinho, como no mercado de suco de uva, de acordo com Flávio Ziglio, enólogo da cooperativa Aurora .

"O manejo da uva orgânica, já que o solo não pode ter nenhum tipo de contato com herbicida ou qualquer outro tipo de fungicida há três anos, de acordo com a legislação brasileira, requer mais cuidado por conta das pragas. O produtor tem que ter muito cuidado, senão pode perder a safra inteira. Por isso acaba sendo mais caro", disse Ziglio em entrevista à Agência Efe.

De acordo com a legislação, apenas o sulfato de cobre é permitido no cultivo da fruta, além dos compostos orgânicos, o que acaba encarecendo o processo e influenciando no preço final dos produtos.

Na cooperativa Aurora, a maior parte das uvas orgânicas é utilizada na fabricação de vinho de mesa. No mercado brasileiro, esse tipo de vinho pode custar até 20% a mais do que o convencional.

De acordo com Ziglio, o quilo da uva americana gira em torno dos R$ 0,60, enquanto o da uva orgânica chega a R$ 0,70.

Por ano, a Aurora vende 30 mil litros de vinho produzido a partir da uva orgânica. Para cada litro, é utilizado cerca de 1,5 kg de uva. Se comparado com o mercado de vinho tradicional, esse número ainda é inexpressivo. "Apesar de ainda ser um mercado pequeno, ele está crescendo e a demanda aumentando", de acordo com o enólogo.

A mesma coisa acontece com o suco feito com uva orgânica. A Salton, maior produtora de espumante do Brasil, não faz vinho a partir da uva orgânica, mas aposta no mercado de sucos.

Segundo o presidente da empresa, Daniel Salton, apesar desse tipo de produção ser mais cara, a procura tem sido boa e o preço do produto final "não influencia muito porque as pessoas que estão em busca desse tipo de produto não se importam tanto com o preço e sim com a certeza de que o solo foi cultivado sem nenhum tipo de fungicida".

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