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Mercado de cartões vai desacelerar em 2012, prevê Abecs

Entidade acredita que novas medidas do governo para estimular a economia só serão sentidas no segundo semestre do próximo ano

O setor de cartões prevê crescimento de 20% em 2012, abaixo da estimativa para esse ano (Claudio Rossi/VOCÊ S/A)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h37.

São Paulo - Os cortes da Selic e as recentes medidas do governo para estimular o consumo devem ser sentidos mais fortemente na segunda metade de 2012, mas não devem impedir uma desaceleração da indústria de cartões, previu nesta quinta-feira a Abecs, entidade que representa o setor.

A previsão para o próximo ano é de uma expansão de cerca de 20 por cento do faturamento em relação aos 667 bilhões de reais previstos para o acumulado de 2011.

O setor, que havia começado este ano com um avanço anual de 26 por cento no primeiro trimestre, está chegando a dezembro com um aumento de 23 por cento.

Para o presidente da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), Claudio Yamaguti, o setor refletiu a desaceleração provocada pelo aumento das medidas macroprudenciais, de dezembro passado, e da alta da Selic, nos primeiros meses de 2011.

"As (novas) medidas de estímulo do governo ainda só terão maior reflexo no segundo semestre (de 2012)", disse Yamaguti.

A desaceleração recente só não foi maior devido à tendência estrutural de maior uso dos cartões para pagamento, em lugar de cheque e dinheiro, e ao aumento da base da plásticos.

Segundo a Abecs, o total de cartões em circulação chegou a 670 milhões de unidades em setembro, um avanço de 10 por cento em 12 meses. E a fatia dos cartões no total de pagamentos, que foi de 24 por cento em 2010, subiu para 25,5 por cento este ano.

"Há um espaço ainda enorme para crescer", disse Yamaguti, prevendo que a participação dos cartões nas transações privadas subirá até 36 por cento do total em 2015.

Outro elemento que contribuiu para a expansão do setor foram os gastos de brasileiros no exterior. Mesmo com o aumento do IOF imposto pelo governo em março nessas operações, as compras fora do país com cartões subiram 18 por cento em doze meses até setembro, para 5,5 bilhões de reais.

"O IOF maior talvez não tenha sido suficiente para inibir as compras no exterior", disse o executivo.

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São Paulo - Os cortes da Selic e as recentes medidas do governo para estimular o consumo devem ser sentidos mais fortemente na segunda metade de 2012, mas não devem impedir uma desaceleração da indústria de cartões, previu nesta quinta-feira a Abecs, entidade que representa o setor.

A previsão para o próximo ano é de uma expansão de cerca de 20 por cento do faturamento em relação aos 667 bilhões de reais previstos para o acumulado de 2011.

O setor, que havia começado este ano com um avanço anual de 26 por cento no primeiro trimestre, está chegando a dezembro com um aumento de 23 por cento.

Para o presidente da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), Claudio Yamaguti, o setor refletiu a desaceleração provocada pelo aumento das medidas macroprudenciais, de dezembro passado, e da alta da Selic, nos primeiros meses de 2011.

"As (novas) medidas de estímulo do governo ainda só terão maior reflexo no segundo semestre (de 2012)", disse Yamaguti.

A desaceleração recente só não foi maior devido à tendência estrutural de maior uso dos cartões para pagamento, em lugar de cheque e dinheiro, e ao aumento da base da plásticos.

Segundo a Abecs, o total de cartões em circulação chegou a 670 milhões de unidades em setembro, um avanço de 10 por cento em 12 meses. E a fatia dos cartões no total de pagamentos, que foi de 24 por cento em 2010, subiu para 25,5 por cento este ano.

"Há um espaço ainda enorme para crescer", disse Yamaguti, prevendo que a participação dos cartões nas transações privadas subirá até 36 por cento do total em 2015.

Outro elemento que contribuiu para a expansão do setor foram os gastos de brasileiros no exterior. Mesmo com o aumento do IOF imposto pelo governo em março nessas operações, as compras fora do país com cartões subiram 18 por cento em doze meses até setembro, para 5,5 bilhões de reais.

"O IOF maior talvez não tenha sido suficiente para inibir as compras no exterior", disse o executivo.

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