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Mercado de carros de luxo cresce 60% em seis meses

Presidente da Audi Brasil estima que o setor vai ignorar os efeitos do aperto monetário e manter o ritmo ao longo do ano

Audi, BMW e outras marcas do mercado "premium" devem continuar em ritmo crescente de vendas em 2010 (.)
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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2010 às 16h49.

São Paulo - Com um crescimento de quase 60% no volume de vendas desde o início do ano, o segmento de carros de luxo ganha cada vez mais destaque no setor automobilístico. Menos sensível aos efeitos de variáveis como as taxas de juros, esta fatia “premium” do mercado deve manter o bom ritmo até o fim do ano.

Em 2009, as marcas Audi, BMW e Mercedes Benz, protagonistas do mercado voltado para a alta renda, venderam 15 mil unidades de luxo, o que corresponde a aproximadamente 2,7 bilhões de reais. A expectativa é de que, em 2010, esta marca seja superada.

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"O mercado de carros importados de luxo, principalmente considerando as montadoras Audi, BMW, Mercedes Bernz, Porsche, Jaguar e Volvo, cresce de forma expressiva. O setor automobilístico como um todo passa por um bom momento, mas, para os importados, é ainda melhor", diz Paulo Kakinoff, presidente da Audi Brasil.

O executivo, que também é vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), diz que o mercado de carros de luxo deve se destacar por ter um comportamento diferente dos demais. "Mesmo durante ápice da crise no Brasil, no fim de 2008, o setor 'premium' continuou crescendo na casa de dois dígitos."

Para Kakinoff, as perspectivas de bom desempenho são fruto de uma combinação de três fatores. Em primeiro lugar, o crescimento econômico no Brasil tem permitido uma maior mobilidade social. "Apesar de isto ser mais observado nas classes C, D e E, também acontece, em menor escala, nas classes A e B. Temos novos consumidores neste segmento", afirma.

Uma pesquisa divulgada recentemente pelo banco Merrill Lynch em parceria com a consultoria Capgemini mostra que o número de milionários no Brasil aumentou de 131 mil em 2008 para 147 mil em 2009. Um dos grandes beneficiados desta ascenção foi justamente o setor automobilístico.

Outro ponto importante, na opinião do presidente da Audi no Brasil, é o crescente desejo dos consumidores de adquirir produtos com qualidade superior, principalmente no que diz respeito à tecnologia. Por último, ainda há a questão da taxa de câmbio atual, que torna os carros importados mais competitivos no mercado.

Leia mais: Brasil é o 11º país com mais milionários

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