Economia

Mercado aprova nova meta de inflação

A nova meta de inflação do governo - de 8,5% para 2003 e 5,5% em 2004 - foi bem aceita pelo mercado. Apesar de esperar um ajuste menor, a maioria dos analistas acredita que a nova meta é exeqüível e não alteraram suas expectativas para 2003. "Esperávamos uma meta mais apertada, de 7,5%", diz Celso […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h32.

A nova meta de inflação do governo - de 8,5% para 2003 e 5,5% em 2004 - foi bem aceita pelo mercado. Apesar de esperar um ajuste menor, a maioria dos analistas acredita que a nova meta é exeqüível e não alteraram suas expectativas para 2003. "Esperávamos uma meta mais apertada, de 7,5%", diz Celso Toledo, da MCM Consultoria, de São Paulo. "Agora, oO controle da inflação está nas mãos do Banco Central"

Para Hugo Penteado, economista-chefe do ABN-Amro Asset Management, a meta de 8,5% é conservadora. Ele diz que o BC já contabilizou no cálculo a herança inflacionária de 2002. Eis o que disse Henrique Meirelles, presidente do BC, em carta divulgada hoje (21/1): "Como a inflação de 2002 ficou 9 pontos percentuais acima da meta, com a maior contribuição ocorrendo no último trimestre do ano, o impacto estimado sobre a inflação de 2003 é de 4,2 pontos porcentuais, valor elevado e que justifica um combate mais gradual. Tendo em vista a magnitude do impacto inercial da inflação em 2002 e o efeito primário do choque dos preços administrados por contrato e monitorados, a meta ajustada fica acima do limite superior de tolerância da meta pré-estabelecida."

O impacto dos preços administrados e os choques inflacionários do ano passado já estão previstos. Ao BC, portanto, caberá apenas cumprir a lição de casa: usar a política monetária para controlar, via taxa de juros, os preços variáveis. Por isso, o anúncio de hoje não alterou as projeções do ABN-AMRO Asset Management para 2003: os juros reais em 10,6% (contra projeção de 6% em 2002) e inflação anual de 9,5%. Em relação ao último indicador, a estimativa do banco fica abaixo da média do mercado, pouco acima dos 11%.

Inflação e PIB

A notícia do ajuste agradou analistas em geral porque afasta a hipótese de o governo retrair demais a economia. Segundo o BC, para alcançar os antigos 6,5%, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) teria de ser reduzido em 1,6%. Se o objetivo fosse o centro da meta, 4%, a redução seria de mais de 7%. "É absolutamente desnecessário criar flutuações no PIB a esta altura do campeonato", diz Penteado. Ainda de acordo com as simulações do BC, buscando uma meta ajustada de inflação de 8,5% em 2003, a economia brasileira poderá apresentar um crescimento de 2,8% do PIB. A previsão de crescimento feita pela MCM para 2002 é de 2,2%.

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