Economia

Mercadante: Se houver bom momento, preços favoráveis, empresas maduras, podemos desinvestir

Presidente do banco não descartou a venda de ações de empresas maduras da carteira do braço de investimento

Aloízio Marcadante, presidente do BNDES (EVARISTO SA/AFP via/Getty Images)

Aloízio Marcadante, presidente do BNDES (EVARISTO SA/AFP via/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 4 de março de 2024 às 19h49.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse que a instituição pode voltar a vender partes de sua carteira de investimentos no futuro.

"Da mesma forma que não vendemos a carteira do banco (em 2023), isso não quer dizer que a gente não possa vir a vender (ações detidas pelo BNDESPar) no futuro. Se tiver num bom momento, preços favoráveis, empresas maduras, podemos desinvestir. Podemos desinvestir para fazer outros tipos de investimentos", disse Mercadante.

Ele não descartou a venda de ações de "empresas maduras" da carteira do braço de investimento do BNDES. Mercadante fez os comentários na divulgação dos resultados de 2023 do banco.

"Venda de ativos não é algo que você pode discutir previamente, porque impacta o mercado e desvaloriza a ação. Se eu tiver (meta de venda de ativos), não vou anunciar. Vou fazer da forma mais profissional possível. Se tivermos intenção de vender, faremos de forma bem avaliada, com muita prudência", continuou.

O presidente do BNDES disse que a composição acionária da carteira do BNDESPar pode mudar e garantiu que não vai tirar dinheiro dedicado a futuras operações de crédito para investir em participações em empresas.

"Vamos atrair bastante investimento pro País sem precisar mexer na nossa carteira de forma abrupta", disse depois ao ser questionado mais uma vez sobre os planos da gestão para a carteira do BNDESPar.

Caixa

Mercadante abriu seu discurso na divulgação de resultados com reclamações sobre a redução do caixa do Banco durante o governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Recebemos (da gestão anterior) um caixa de R$ 16 bilhões. Em um ano, mais do que dobramos o caixa líquido. No final de 2023, esse caixa era de R$ 34 bilhões. E por que isso é fundamental? Porque é tema da sustentabilidade do banco", disse.

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