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Meirelles: agências aguardam medidas fiscais para decidir rating

Em entrevista coletiva, Meirelles disse também que é "razoável" que as agências olhem para o que o próximo presidente fará em 2019

Meirelles: "Essas medidas continuarão em andamento para chegar ao fim de 2018 com um crescimento bom" (Leonardo Benassatto/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 18h58.

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , disse nesta sexta-feira, 12, que as agências de rating aguardarão a aprovação de medidas fiscais para decidir sobre mudanças na nota de crédito brasileira. Em entrevista coletiva, Meirelles disse também que é "razoável" que as agências olhem para o que o próximo presidente fará em 2019 em termos de política fiscal.

Depois da S&P rebaixar a nota de crédito brasileira na quinta-feira, 11, o ministro disse não discutir as "opiniões" da agência e que o País vai na direção certa. Meirelles disse ainda ter confiança de que os projetos importantes para o equilíbrio fiscal serão votados na retomada do Congresso Nacional, em fevereiro. O ministro citou vários projetos em andamento e afirmou que há várias questões na área microeconômica em gestação, como a reforma tributária e medidas visando ao aumento da produtividade.

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"Essas medidas continuarão em andamento para chegar ao fim de 2018 com um crescimento bom. A primeira coisa é assegurar o crescimento, segunda, o equilíbrio fiscal de longo prazo e a capacidade de o País crescer mais e melhor", completou.

Meirelles reforçou que confia na aprovação também da reforma da Previdência. "Confio que lideranças do Congresso estão trabalhando juntos e continuarão nisso", acrescentou.

O ministro citou a trajetória de aprovação de reformas importantes, como a trabalhista e do teto dos gasto e lembrou que houve grande ceticismo em relação à aprovação também desses projetos.

Depois de o governo demorar a enviar projetos importantes para a área fiscal esperando a votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer pelo Legislativo, Meirelles disse ter certeza de que todas as medidas foram tomadas corretamente e que não intervém diretamente no envio dos projetos. "Cada um tem que estar em sua função. A questão do momento certo de apresentar ou não um projeto é da área política, que lida no dia a dia do Legislativo decidindo prioridades", completou.

Meirelles convocou coletiva para comentar o rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P), anunciado quinta-feira, que passou de BB para BB-. A nota está três degraus abaixo do patamar considerado grau de investimento.

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