Economia

Meirelles afirma que economia "claramente" começa a se recuperar

Economia brasileira aprofundou a crise e encolheu mais do que o esperado no último trimestre de 2016, com forte retração dos investimentos

Henrique Meirelles: falando ao "conselhão", o ministro da Fazenda ressaltou a alta anualizada do PIB (Adriano Machado/Reuters)

Henrique Meirelles: falando ao "conselhão", o ministro da Fazenda ressaltou a alta anualizada do PIB (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de março de 2017 às 11h09.

Última atualização em 7 de março de 2017 às 11h29.

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá exibir crescimento anualizado de 3,2 por cento no último trimestre de 2017, reflexo da retomada após dois anos de profunda recessão.

Falando aos participantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão, Meirelles disse que o país já começa "claramente" a se recuperar.

A economia brasileira aprofundou a crise e encolheu mais do que o esperado no último trimestre de 2016, com forte retração dos investimentos, marcando a recessão mais longa do Brasil ao fechar o ano com queda de 3,6 por cento. Sobre o quarto trimestre de 2015, o PIB despencou 2,5 por cento.

Segundo Meirelles, o dado reflete "série de políticas que levaram a economia brasileira a enfrentar a maior crise de sua história". Para 2017 o panorama é diferente, acrescentou ele, afirmando que na comparação do quarto trimestre do ano sobre igual período de 2016 a alta no PIB deverá ser de 2,4 por cento.

O ministro defendeu que está em curso um processo de redução do endividamento das empresas e das famílias, algo visto como fundamental para o Brasil voltar a crescer.

Ele também citou uma série de indicadores antecedentes da atividade futura, como a venda em supermercados e a produção de motocicletas e de papel ondulado, para amparar a crença de que a economia no primeiro trimestre deste ano já ficará no azul.

Para Meirelles, as reformas fiscais e microeconômicas tocadas pelo governo em conjunto com as medidas para redução do tamanho do Estado podem levar o PIB potencial do país a mais de 3,5 por cento.

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