Economia

MDIC vê saldo positivo para balança comercial em 2014

A expectativa foi mantida apesar do resultado negativo da balança


	Porto de Santos, em São Paulo
 (Germano Lüders / EXAME)

Porto de Santos, em São Paulo (Germano Lüders / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 14h12.

São Paulo - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges, afirmou nesta quinta-feira, 29, que, mesmo com o resultado negativo da balança comercial de maio, a expectativa continua para um saldo positivo em 2014.

"O monitoramento mensal da balança não indica uma estabilidade, você pode ter volatilidade mensal, que não define qual a vai ser a tendência do saldo no final do ano", afirmou, após participar de evento em São Paulo.

Segundo o ministro, é preciso esperar até sexta-feira, 30, último dia útil do mês para conhecer o real saldo de maio. "Vamos esperar para ver qual efetivamente foi o saldo, mas eu continuo acreditando que nós teremos saldo positivo no final do ano", reforçou.

Borges disse ainda que seria "impossível" para qualquer ministro tentar prever o resultado de um fluxo de comércio, por conta das movimentações diárias.

Ele ponderou que os Estados Unidos comentam o fluxo de comércio apenas de seis em seis meses, "exatamente porque o comércio pode ter fatores de curtíssimo prazo que influenciam o resultado imediato".

União Europeia e Mercosul

Questionado se as negociações entre Mercosul e União Europeia poderiam ter alguma medida já este ano ou se ficariam apenas para 2015, Borges afirmou que "nada mudou em relação ao cronograma de negociação".

"A expectativa no cronograma definido, no âmbito União Europeia e Mercosul, é que é possível ter um acordo esse ano."

Segundo o ministro, as negociações em nível técnico terminaram na reunião de Caracas e o próximo passo agora "são as delegações dos países membros levarem para os chanceleres e ministros do comércio exterior os resultados do processo negociatório".

"Exatamente como é o cronograma estabelecido."

Em relação às dificuldades de negociação entre Brasil e Argentina, já que a rodada de diálogo do setor automobilístico que aconteceu esta semana em Buenos Aires terminou sem acordo, Borges disse que ainda há conversas em andamento.

"Anda estamos discutindo a renovação do acordo de livre comércio", disse.

Segundo ele, os pontos sensíveis no debate referem-se ao flex e ao prazo de renovação automática.

O mecanismo denominado flex é o número que se aplica sobre as exportações efetivamente realizadas, para definir o limite das importações sem pagamento de Imposto de Importação.

O ministro negou que o comércio automotivo entre os dois países esteja travado. "Não está travado, ao contrário, as informações da Anfavea são de que aumentou o fluxo de exportações do Brasil para a Argentina nas últimas três semanas", afirmou.

De acordo com Borges, o governo está, dentro das discussões com o país vizinho, tentando estabelecer metas para garantir um comércio bilateral esse ano "pelo menos no nível do ano passado".

O ministro participou nesta manhã do Encontro Nacional de Comércio Exterior de Serviços (Enaserv), promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), em São Paulo.

O ministro discursou durante o painel "As Perspectivas das Exportações Brasileiras de Serviços sob a Ótica das Autoridades Públicas e das Lideranças Empresariais".

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