Economia

MDIC diz que Rota 2030 deve ser lançado na próxima semana

Apesar do avanço das discussões, ministro reconheceu que há dificuldades de ordem orçamentária para a implementação do programa

Autoindústria: programa está na fase final de ajustes com o Ministério da Fazenda (Renato Araújo/Agência Brasil)

Autoindústria: programa está na fase final de ajustes com o Ministério da Fazenda (Renato Araújo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 13h48.

São Paulo - O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, disse nesta sexta-feira, 15, que o programa Rota 2030, substituto do Inovar Auto, cuja vigência se encerra agora em dezembro, está na fase final de ajustes com o Ministério da Fazenda e deverá ser lançado na próxima semana.

Apesar do avanço das discussões, ele reconheceu que há dificuldades de ordem orçamentária para a implementação do programa, por conta do déficit fiscal do governo.

Pereira esteve na manhã desta sexta na sede da FecomercioSP, onde assinou termo de orientação técnica e participou do lançamento de cartilha voltada ao setor produtivo sobre a nova legislação trabalhista.

Ele fez uma retrospectiva do período de governo e afirmou já ser perceptível a recuperação da economia. Ele lembrou que em 2015 a inflação superou os 10% e hoje a previsão para o fechamento do ano é de 2,88%, na pesquisa Focus, que é patamar abaixo dos 3%, limite da banda inferior da meta central de 4,5%.

"A taxa de juros, que era de 14,25%, caiu para 7% e em fevereiro deverá cair para 6,75% a 6,50%", disse o ministro, citando também a queda do desemprego de 14 milhões para 12 milhões de pessoas.

De acordo com Pereira, um indicador claro de recuperação da economia é a balança comercial, que até o momento está positiva em US$ 63 bilhões, acima do superávit de US$ 47,7 bilhões apurado no ano passado, que já tinha sido recorde da série histórica desde 1989.

"O curioso é mostrar que há recuperação em curso. O superávit de US$ 47,7 bilhões do ano passado deveu-se muito à queda de quase 4% das importações. Este ano, no entanto, as importações estão crescendo 20% e as exportações, 10%. Mesmo assim devemos terminar o ano com superávit entre US$ 65 e US$ 70 bilhões", afirmou Pereira.

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