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O gás é nosso A descoberta de gás natural na bacia de Santos mudou o perfil energético brasileiro em 2003. As primeiras prospecções, divulgadas em abril pela Petrobras, indicaram a existência de 70 bilhões de metros cúbicos de gás natural (440 milhões de barris de óleo equivalente). Foi a maior descoberta de gás já realizada […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

O gás é nosso

A descoberta de gás natural na bacia de Santos mudou o perfil energético brasileiro em 2003. As primeiras prospecções, divulgadas em abril pela Petrobras, indicaram a existência de 70 bilhões de metros cúbicos de gás natural (440 milhões de barris de óleo equivalente). Foi a maior descoberta de gás já realizada na plataforma continental brasileira.

Em setembro, as estimativas foram revistas para cima: as reservas somavam 419 bilhões de metros cúbicos (2,6 bilhões de barris de óleo equivalente). O potencial de aproveitamento do gás brasileiro triplicou de 200 bilhões para 600 bilhões de metros cúbicos. O país passou a deter a quarta maior reserva da América do Sul, atrás de Venezuela, Bolívia e Argentina. O gás de Santos tem duas grandes vantagens: está próximo do maior centro consumidor, a Região Sudeste, e é cotado em reais, diferente do produto hoje importado da Bolívia, vinculado ao dólar. A projeção é que em dez anos a participação do gás na matriz energética do país passe de 3% para 12%.

Os novos negócios gerados com base na descoberta também contribuirão para fazer da Petrobras não só uma empresa de petróleo mas uma companhia de energia, voltada para a geração elétrica.

ALTO TEOR E ALTO VALOR

A produção brasileira de minério de ferro recuperou a trajetória de crescimento em 2002, após ligeiro recuo no ano anterior. Em 2003, o aumento dos preços internacionais colocou o ferro e seus semimanufaturados entre os produtos que mais contribuíram para elevar a receita com exportação.

Na lista dos itens mais vendidos nos oito primeiros meses do ano, o ferro ocupou o segundo lugar, atrás apenas da soja triturada, gerando divisas de 3,8 bilhões de dólares. Em relação a janeiro-agosto de 2002, o faturamento com o minério cresceu 6%, com o ferro-liga, 13%, com ferro fundido bruto, 26% e com os semimanufaturados de ferro e aço, 30%. As empresas do setor, como Vale do Rio Doce, CSN, Açominas, Cosipa e Acesita, aproveitaram o momento para intensificar os negócios internacionais. No caso da Vale do Rio Doce, a maior exportadora de minério de ferro, o crescimento é impulsionado pelo aumento da demanda da China.

A elevação dos preços médios também contribuiu para melhorar o balanço da CSN. A companhia saiu de um prejuízo de 407 milhões de reais no primeiro semestre de 2002 para um lucro de 542 milhões em idêntico período de 2003.

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