Imagem postada no YouTube mostra os corpos de pessoas supostamente mortas em Treimsa: o massacre deixou pelo menos 150 mortos nesta quinta-feira (AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2012 às 13h50.
Nova York - Os Estados Unidos fizeram referência nesta sexta-feira a uma visão "de pesadelo" após a revelação de um novo massacre na Síria, enquanto os ocidentais consideram que a situação no terreno impõe mais do que nunca a necessidade de uma resolução mais forte da ONU contra Damasco.
Referindo-se a "um pesadelo" em sua conta no Twitter, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, considerou que a violência na aldeia de Treimsa, que deixou pelo menos 150 mortos nesta quinta-feira, mostra "de forma dramática a necessidade de medidas vinculantes na Síria".
Por sua vez, o porta-voz adjunto da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que este evento "elimina qualquer dúvida" quanto à necessidade de ver "a comunidade internacional agir de forma coordenada à ONU" na questão síria.
Este massacre deixa claro que o apoio internacional por mais pressões sobre o regime deve ser reforçado, acrescentou Earnest diante dos jornalistas no avião Air Force One que levava Barack Obama à Virgínia (sudeste), onde o presidente participa de uma série de atos eleitorais nesta sexta-feira.
Os 15 Estados membros do Conselho de Segurança da ONU retomaram nesta sexta-feira suas discussões sobre um projeto de resolução, com dois textos concorrentes, um apresentado pelos ocidentais que ameaça Damasco com sanções se as armas pesadas não forem retiradas das cidades, e outro de autoria russa que não menciona essa possibilidade.
A França pediu novamente ao Conselho de Segurança que "assuma as suas responsabilidades".
"Este drama mostra a que ponto o primeiro passo para o fim da violência cabe ao gouerno sírio, que deve parar de utilizar armas pesadas e dar início ao retorno as suas bases de suas forças de segurança", declarou durante uma entrevista coletiva à imprensa o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Bernard Valero.