Economia

Manutenção da Selic impede crescimento, diz Força Sindical

Central classificou como "nefasta" a decisão de manter a taxa básica de juros


	Reunião do Copom: Banco Central manteve em 11% ao ano a taxa básica de juros
 (Agência Brasil)

Reunião do Copom: Banco Central manteve em 11% ao ano a taxa básica de juros (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 21h06.

São Paulo - A Força Sindical criticou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter em 11% ao ano a Selic, anunciada nesta noite de quarta-feira, 16.

Em nota, a Força classificou como "nefasta" e afirmou que a decisão de manter a taxa básica de juros "em patamares proibitivos" coloca à mostra "a insensibilidade do governo ante as demandas da classe trabalhadora", além de "impedir" o crescimento da produção, do consumo e a geração de empregos.

A central aproveitou a nota para falar em "desempenho pífio" da economia.

"Infelizmente os dados da economia são pouco animadores. E a postura conservadora por parte do governo vem minando qualquer esperança de sua recuperação ainda para este ano", diz a nota, assinada pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

"Mas vamos continuar mobilizados e pressionando o governo para que promova a redução dos juros, que vêm dificultando o controle da inflação, travando o setor produtivo e provocando um crescimento econômico muito aquém das nossas necessidades", completa a nota.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) avalia que a manutenção da Selic em 11% ao ano favorece a cobrança de juros altos pelos bancos nas operações de crédito.

"Os únicos beneficiados são os bancos, os rentistas e grandes especuladores financeiros, que continuarão lucrando muito, tirando recursos públicos que deveriam ser direcionados para o crescimento da economia com distribuição de renda", criticou, em nota, o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Ainda na nota, Cordeiro avalia que o "custo social e econômico" do uso da Selic no controle da inflação "tem se revelado muito alto para o País".

"É necessário buscar outras variáveis, que possibilitem a geração de empregos e o aumento da remuneração média dos trabalhadores", afirmou.

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