Economia

Mantega: superávit não será feito com mais cortes de gastos

O aumento do superávit primário anunciado nesta segunda-feira abrirá espaço para o aumento dos investimentos e impedirá a evolução dos gastos correntes

Mantega: "estamos falando em não aumentar gastos e em não cortar gastos já existentes e previstos para este ano" (Wilson Dias/ABr)

Mantega: "estamos falando em não aumentar gastos e em não cortar gastos já existentes e previstos para este ano" (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 15h08.

Brasília - O aumento do superávit primário anunciado hoje (29) abrirá espaço para o aumento dos investimentos e impedirá a evolução dos gastos correntes. A informação foi dada pelo ministro da Fazenda, Guida Mantega, ao anunciar que a meta de superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) será ampliada de R$ 81,8 bilhões para cerca de R$ 91 bilhões este ano.

Segundo Mantega, o aumento do superávit primário “não se dará às custas de cortes adicionais” no Orçamento. Em fevereiro dste ano, o governo já havia anunciado corte de R$ 50 bilhões nos gastos.

Mantega fez uma comparação com os países europeus e com os Estados Unidos, que têm elevada dívida pública e, agora, estão “fazendo corte de tudo, cortando investimentoe benefícios sociais". Para o ministro, uma situação bem diferente da que o brasileiro vai enfrentar. "Não é nada disso que estamos fazendo aqui, queremos ampliar o investimento”. Ele garantiu que “nenhum novo corte" foi definido. "Estamos falando em não aumentar gastos e em não cortar gastos já existentes e previstos para este ano, inclusive eventuais modificações nas folhas de pagamento de 2011”.

Na avaliação da equipe econômica, o aumento do superávit primário será importante para o governo enfrentar uma possível deterioração da situação econômica mundial. Na avaliação de Mantega, “fortalecer o [superávit] primário nesse momento significa dispor de mais recursos no próximo ano, se for necessário”.

A proposta de Orçamento para 2012 será enviada na quarta-feira (31) ao Congresso Nacional. De acordo com o minsitro, o documento estará "afinado com essas diretrizes e essa situação, para que 2012 tenha um superávit primário vigoroso como esse que faremos este ano”, disse Mantega.

“Tínhamos planejado desde o inicio do ano uma desaceleração da economia brasileira, e isso ocorreu, com um primeiro trimestre ainda mais aquecido, o segundo com desaquecimento, o terceiro desaquecido, mas ainda positivo, e o quarto mais aquecido, como é de costume. Tudo está dentro da rota que foi traçada”, garantiu Mantega.

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