Economia

Mantega ressalta dinamismo do mercado interno

Segundo o ministro, enquanto as taxas de desemprego batem recordes nos Estados Unidos e na União Europeia, o Brasil gera mais de um milhão de empregos por ano

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fala na 39ª Reunião Ordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) (Wilson Dias/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fala na 39ª Reunião Ordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) (Wilson Dias/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2012 às 14h03.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira que o mercado interno brasileiro não perdeu o dinamismo, mesmo na crise internacional. Segundo ele, enquanto as taxas de desemprego batem recordes nos Estados Unidos e na União Europeia, o Brasil gera mais de um milhão de empregos por ano.

"A massa salarial continua crescendo mais de 5% ao ano, fortalecendo o mercado interno", afirmou. "Nenhum outro lugar tem um crescimento de quase 6% no mercado interno neste ano."

O ministro disse que o País está entre os maiores mercados consumidores do mundo em diversos segmentos de produtos e serviços. "Isso se deve aos programas sociais e ao aumento do emprego e da renda", afirmou. "Ao contrário de outros países, o Brasil está distribuindo renda e não concentrando."

Mantega afirmou que a Classe C vai continuar a se expandir no País. "Há confiança no Brasil e isso pode ser medido pelo crescimento do Investimento Estrangeiro Direto (IED) nos últimos 12 meses. "Os investidores confiam na trajetória, solidez e segurança da economia brasileira."

Investimentos

Mantega afirmou que o governo está cobrando como contrapartida um acordo de manutenção de empregos dos setores que têm sido beneficiados por desonerações. "Os beneficiários são os trabalhadores e os consumidores, que têm preços mais baixos. Com isso, o efeito também é benéfico para a inflação."

O ministro disse que essas desonerações já atingiram R$ 43,4 milhões apenas neste ano, o equivalente a 1% do PIB. "Os países avançados não realizam essa política de incentivo à economia, só realizam cortes de investimentos e desembolsos", afirmou.

Mantega afirmou que a prioridade do governo é elevar o nível de investimentos, sobretudo na área de infraestrutura. De acordo com ele, o polo de gás e petróleo é o que mais investe, capitaneados pela Petrobras, o que estimula toda uma cadeia produtiva local. "Com o programa de ferrovias e rodovias, mais Copa e Olimpíada, mais Petrobras e outros, o Brasil tem uma das maiores carteiras de investimentos do mundo."

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaCrises em empresaseconomia-brasileiraGuido MantegaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

STF prorroga até setembro prazo de suspensão da desoneração da folha

FGTS tem lucro de R$ 23,4 bi em 2023, maior valor da história

Haddad diz que ainda não apresentou proposta de bloqueio de gastos a Lula

FMI confirma sua previsão de crescimento mundial para 2024 a 3,2%

Mais na Exame