Mantega: para o ministro, o câmbio não é o ideal, mas é o que se pode fazer (José Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2014 às 14h04.
São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu as críticas recebidas do empresário Benjamin Steinbruch durante o 11º Fórum de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) alegando que o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, (Fiesp) lembra dos problemas atuais e não dos problemas do passado. Em relação ao câmbio, Mantega admitiu que "tivemos dificuldades para impedir a valorização do câmbio".
De acordo com ele, a primeira medida foi tentar evitar a desvalorização do câmbio. "Aí aumentamos as reservas, como forma de aumentar a desvalorização cambial", disse o ministro.
Mas isso, disse ele, só foi possível quando "colocamos empecilhos, colocamos IOF sobre a entrada de dólares no País e o câmbio passou a se desvalorizar para a felicidade da indústria até 2013".
"Procuramos neste período anticíclico olhar para a produção. A indústria depende muito do mercado externo, que secou e não tínhamos mais para onde exportar", disse o ministro.
Para Mantega, o câmbio não é o ideal, mas é o que se pode fazer. Até porque, explicou, quando se induz a desvalorização do câmbio se cai numa pressão inflacionária. "Tivemos também problemas de seca, que pressionaram a inflação".