Economia

Mantega nega articulação política de Augustin

O ministro disse que o Tesouro é isento e tem regras na liberação dos limites de endividamento dos estados


	O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin: "Isso é um equívoco", disse Mantega. "Ele é só o secretário do Tesouro. Ele é republicano"
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin: "Isso é um equívoco", disse Mantega. "Ele é só o secretário do Tesouro. Ele é republicano" (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2013 às 15h51.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou que o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, seja um coordenador político da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Isso é um equívoco", disse. "Ele é só o secretário do Tesouro. Ele é republicano."

O ministro disse que o Tesouro é isento e tem regras na liberação dos limites de endividamento dos estados. "Tem regras. E tem equipe com práticas racionais, seguindo a legislação. Os estados governados pela oposição têm tido mais espaço fiscal. Temos comportamento republicano em relação a isso. Queremos que os estados façam investimento", argumentou em resposta a um "ataque" anterior.

Mais cedo, o deputado Nelson Marchezan (PSDB-RS) acusou Augustin, de usar o poder de liberação do limite de endividamento dos estados para conseguir o apoio dos governadores à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Na versão dele Marchezan, o ex-secretário executivo do Ministério Fazenda Nelson Babosa teria deixado o cargo, porque aumentou a influência de Augustin.

"Você acha correto, o secretário Augustin manter os dois cargos? Vai autorizar crédito ou não, e ao mesmo tempo perguntar se o governador vai apoiar a presidente na sua candidatura à reeleição?", cutucou o parlamentar.

Mantega rebateu também críticas ao desempenho de Augustin à frente da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul. "A fala sobre o Augustin é injusta. Infelizmente ele não está aqui pra respondê-la. Não conheço a gestão dele no Rio Grande do Sul, mas respondo pela gestão dele no Ministério da Fazenda", declarou Mantega.

O ministro ressaltou que não é um arbítrio do secretário a decisão de liberar recursos, explicando que, após a solicitação do Estado, o Tesouro envia uma missão para verificar as contas. Se as contas melhoraram, está apto a ter o espaço fiscal liberado.

"É assim que funciona. E eu supervisiono tudo que acontece." Mantega disse que o Tesouro segue à risca a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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