Mantega: medida cambial é feita para "colocar e tirar"
Mantega disse ainda que a fraqueza recente do real se deve a mudanças em posições no mercado de derivativos, e não por saída de dólares
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2011 às 16h16.
Washington - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que não há ainda decisão de retirar a recente cobrança de 1 por cento, via Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em derivativos de câmbio, mas sinalizou que esse movimento pode ocorrer.
Ao ser questionado se o governo considera voltar atrás sobre esses derivativos, Mantega respondeu:
"Nós estabelecemos medidas regulatórias que são feitas justamente para isso, que são feitas para colocar e tirar. Nós temos vários tributos dessa natureza. Muitas vezes nós colocamos e depois, quando não é necessário, nós tiramos", afirmou ele. "Estamos sempre olhando todas as possibilidades, mas não há nenhuma decisão tomada."
No final de julho passado, o governo anunciou que estava taxando as posições vendidas líquidas dos investidores no mercado futuro, numa ação para evitar mais valorização do real frente ao dólar naquele momento. A moeda americana caminhava para o patamar de 1,50 real.
Uma fonte da equipe econômica havia dito à Reuters que a recente alta do dólar, que chegou a acumular 20 por cento neste mês e ultrapassar o patamar de 1,90 real, acendeu um "alerta importante" sobre a inflação. E, diante dessa forte volatilidade, que havia "muita munição guardada para ser usada ou para ser retirada", referindo-se às medidas cambiais adotadas nos últimos meses.
Mantega, que participou nesta sexta-feira de evento com investidores em Washington, disse ainda que a fraqueza recente do real se deve a mudanças em posições no mercado de derivativos, e não por saída de dólares.
O ministro afirmou ser importante o Brasil manter a solidez fiscal em meio à turbulência mundial.
"É importante, no momento em que vários países sofrem de debilidade fiscal, que o Brasil tenha uma situação fiscal sólida, de modo que, diminuindo gasto corrente, tenhamos mais espaço para aumentar investimentos e que a taxa de juros --que é muito alta-- possa cair", disse ele.
Mantega afirmou ainda que há espaço para afrouxar a política monetária se a crise global piorar.
No mesmo evento nos Estados Unidos, o presidente do Banco Central (BC) brasileiro, Alexandre Tombini, disse que a autoridade monetária está pronta para intervir "para assegurar que os mercados de câmbio funcionem apropriadamente."
Washington - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que não há ainda decisão de retirar a recente cobrança de 1 por cento, via Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em derivativos de câmbio, mas sinalizou que esse movimento pode ocorrer.
Ao ser questionado se o governo considera voltar atrás sobre esses derivativos, Mantega respondeu:
"Nós estabelecemos medidas regulatórias que são feitas justamente para isso, que são feitas para colocar e tirar. Nós temos vários tributos dessa natureza. Muitas vezes nós colocamos e depois, quando não é necessário, nós tiramos", afirmou ele. "Estamos sempre olhando todas as possibilidades, mas não há nenhuma decisão tomada."
No final de julho passado, o governo anunciou que estava taxando as posições vendidas líquidas dos investidores no mercado futuro, numa ação para evitar mais valorização do real frente ao dólar naquele momento. A moeda americana caminhava para o patamar de 1,50 real.
Uma fonte da equipe econômica havia dito à Reuters que a recente alta do dólar, que chegou a acumular 20 por cento neste mês e ultrapassar o patamar de 1,90 real, acendeu um "alerta importante" sobre a inflação. E, diante dessa forte volatilidade, que havia "muita munição guardada para ser usada ou para ser retirada", referindo-se às medidas cambiais adotadas nos últimos meses.
Mantega, que participou nesta sexta-feira de evento com investidores em Washington, disse ainda que a fraqueza recente do real se deve a mudanças em posições no mercado de derivativos, e não por saída de dólares.
O ministro afirmou ser importante o Brasil manter a solidez fiscal em meio à turbulência mundial.
"É importante, no momento em que vários países sofrem de debilidade fiscal, que o Brasil tenha uma situação fiscal sólida, de modo que, diminuindo gasto corrente, tenhamos mais espaço para aumentar investimentos e que a taxa de juros --que é muito alta-- possa cair", disse ele.
Mantega afirmou ainda que há espaço para afrouxar a política monetária se a crise global piorar.
No mesmo evento nos Estados Unidos, o presidente do Banco Central (BC) brasileiro, Alexandre Tombini, disse que a autoridade monetária está pronta para intervir "para assegurar que os mercados de câmbio funcionem apropriadamente."