Mantega e Tombini cobram juros e spreads menores dos bancos
De acordo com a fonte, Mantega reconheceu que houve redução de taxas, mas argumentou que ainda há espaço para os bancos irem além do que foi feito
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2012 às 22h53.
Brasília - Ainda preocupado com o fraco desempenho da economia, o governo voltou a cobrar dos bancos novos cortes nas taxas de juros e no spread bancário, além da ampliação da oferta de crédito.
Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, convocaram o primeiro escalão dos principais bancos no país --tanto públicos quanto privados-- para um encontro em Brasília. O tom da conversa, no entanto, foi mais ameno do que os anteriores.
"Foi uma cobrança, mas em clima cordial", informou uma fonte do governo ligada à área econômica. "O ministro deu uma cobrada nos banqueiros. Falou que a economia pode acelerar mais rapidamente se os bancos forem mais pró-ativos na concessão de crédito."
De acordo com a fonte, Mantega reconheceu que houve redução de taxas, mas argumentou que ainda há espaço para os bancos irem além do que foi feito nos juros e spread --diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa de juros efetivamente cobrada do cliente final.
Dados preliminares do BC sobre julho, no entanto, mostraram altas tanto nos juros quanto nos spreads. Para pessoas físicas, houve elevação de 1,3 ponto percentual na taxa média de juros no período.
Na última sexta-feira, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, avaliou ainda que há uma "postura ligeiramente mais defensiva em termos de oferta (de crédito para o consumo da pessoa física)".
O governo está bastante preocupado com o desempenho da atividade econômica, que insiste em não acelerar com força, ainda impactada pela crise internacional. O temor é que ela não avance mais de 2 por cento neste ano.
Em abril, o governo havia endurecido o discurso contra os bancos, sobretudo os privados, para mais cortes nos juros e nos spreads bancários.
Recuperação
No encontro desta quarta-feira, no entanto, tanto Mantega quanto os executivos concordaram que a economia vai melhorar neste segundo semestre, o que abre espaço para mais concessões de crédito.
"O pensamento de todos os bancos que estiveram presentes na reunião é que a economia vai ser retomada e que teremos um segundo semestre melhor que o primeiro", afirmou o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, que esteve no encontro.
Participaram também da conversa com Mantega e Tombini os executivos os seguintes bancos: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander, Safra, Citibank, HSBC e BTG.
Brasília - Ainda preocupado com o fraco desempenho da economia, o governo voltou a cobrar dos bancos novos cortes nas taxas de juros e no spread bancário, além da ampliação da oferta de crédito.
Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, convocaram o primeiro escalão dos principais bancos no país --tanto públicos quanto privados-- para um encontro em Brasília. O tom da conversa, no entanto, foi mais ameno do que os anteriores.
"Foi uma cobrança, mas em clima cordial", informou uma fonte do governo ligada à área econômica. "O ministro deu uma cobrada nos banqueiros. Falou que a economia pode acelerar mais rapidamente se os bancos forem mais pró-ativos na concessão de crédito."
De acordo com a fonte, Mantega reconheceu que houve redução de taxas, mas argumentou que ainda há espaço para os bancos irem além do que foi feito nos juros e spread --diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa de juros efetivamente cobrada do cliente final.
Dados preliminares do BC sobre julho, no entanto, mostraram altas tanto nos juros quanto nos spreads. Para pessoas físicas, houve elevação de 1,3 ponto percentual na taxa média de juros no período.
Na última sexta-feira, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, avaliou ainda que há uma "postura ligeiramente mais defensiva em termos de oferta (de crédito para o consumo da pessoa física)".
O governo está bastante preocupado com o desempenho da atividade econômica, que insiste em não acelerar com força, ainda impactada pela crise internacional. O temor é que ela não avance mais de 2 por cento neste ano.
Em abril, o governo havia endurecido o discurso contra os bancos, sobretudo os privados, para mais cortes nos juros e nos spreads bancários.
Recuperação
No encontro desta quarta-feira, no entanto, tanto Mantega quanto os executivos concordaram que a economia vai melhorar neste segundo semestre, o que abre espaço para mais concessões de crédito.
"O pensamento de todos os bancos que estiveram presentes na reunião é que a economia vai ser retomada e que teremos um segundo semestre melhor que o primeiro", afirmou o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, que esteve no encontro.
Participaram também da conversa com Mantega e Tombini os executivos os seguintes bancos: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander, Safra, Citibank, HSBC e BTG.