Mantega e empresários firmam pacto pela competitividade
Para o presidente da Abiquim, uma necessidade, atualmente, é combater as importações desleais para estimular a produção nacional
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 14h29.
Brasília - Empresários que participaram da reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega , nesta quarta-feira, 04, reclamaram das condições da indústria e afirmaram que foi firmado um pacto pela competitividade .
Mantega recebeu nesta manhã associações que representam setores como construção metálica, música, alimentação, brinquedos, indústria gráfica, máquinas e equipamentos, aço e indústria do petróleo.
"O que está em discussão são medidas a curto prazo pra equilibrar a situação da indústria e para, no médio e longo prazo, retomar investimentos", afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo. "Não falamos sobre o PIB pequeno porque não queremos falar sobre o passado, queremos falar sobre o futuro."
Segundo Figueiredo, a indústria não apresentou pedidos específicos. "Foi uma reunião muito mais para alinhar uma frente pela competitividade e pelo investimento", disse. Segundo ele, será marcado um novo encontro nos próximos dez dias em Brasília.
Para o presidente da Abiquim, uma necessidade, atualmente, é combater as importações desleais para estimular a produção nacional. "Precisamos combater aqueles que fazem coisas desleais", disse. "Hoje o câmbio melhorou bastante, mas ainda não compensa o câmbio chinês. É um problema, mas melhorou bastante", completou.
A situação do investimento no setor não está boa, segundo o próprio Figueiredo. "Não tem muitos investimentos. O maior projeto em execução hoje é o da Basf, de aço acrílico, e o Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj)", disse.
Segundo ele, o potencial de investimento da indústria química é de U$ 167 bilhões em dez anos, o que dá mais de U$ 15 bilhões por ano. O setor, entretanto, só investe cerca de US$ 4 bilhões ou US$ 5 bilhões por ano.
"É muito pouco, um terço do que deveria investir", avaliou. O baixo investimento se deve, segundo ele, à falta de competitividade. "Há importações desleais. O gás, por exemplo, custa nos Estados Unidos três vezes menos que no Brasil."
Construção
Para o presidente da Associação Brasileira da Construção Metálica, Luiz Carlos Caggiano Santos, o dinheiro dos investimentos feitos no Brasil deve ser gasto com produtos nacionais.
"O governo tem muito investimento, muito dinheiro pra ser gasto, mas muita coisa é importada. Nossa reivindicação é que esse dinheiro que será gasto no Brasil seja gasto com empresas brasileiras", disse. "A indústria brasileira tem condições de sobra."
Além da exigência de conteúdo nacional, Caggiano faz outra sugestão: "Talvez algum aumento de imposto de importação, já que o dólar não pode ser aumentado e está solto no mercado", disse.
"O ministro já fez muita coisa boa para nós, mas nossa indústria continua não competitiva", reconheceu. Segundo ele, o dólar "ajuda muito", mas "tem que ajudar mais". Mantega disse aos empresários, de acordo com Caggiano, que as demandas serão levadas à presidente Dilma Rousseff.
Brasília - Empresários que participaram da reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega , nesta quarta-feira, 04, reclamaram das condições da indústria e afirmaram que foi firmado um pacto pela competitividade .
Mantega recebeu nesta manhã associações que representam setores como construção metálica, música, alimentação, brinquedos, indústria gráfica, máquinas e equipamentos, aço e indústria do petróleo.
"O que está em discussão são medidas a curto prazo pra equilibrar a situação da indústria e para, no médio e longo prazo, retomar investimentos", afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo. "Não falamos sobre o PIB pequeno porque não queremos falar sobre o passado, queremos falar sobre o futuro."
Segundo Figueiredo, a indústria não apresentou pedidos específicos. "Foi uma reunião muito mais para alinhar uma frente pela competitividade e pelo investimento", disse. Segundo ele, será marcado um novo encontro nos próximos dez dias em Brasília.
Para o presidente da Abiquim, uma necessidade, atualmente, é combater as importações desleais para estimular a produção nacional. "Precisamos combater aqueles que fazem coisas desleais", disse. "Hoje o câmbio melhorou bastante, mas ainda não compensa o câmbio chinês. É um problema, mas melhorou bastante", completou.
A situação do investimento no setor não está boa, segundo o próprio Figueiredo. "Não tem muitos investimentos. O maior projeto em execução hoje é o da Basf, de aço acrílico, e o Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj)", disse.
Segundo ele, o potencial de investimento da indústria química é de U$ 167 bilhões em dez anos, o que dá mais de U$ 15 bilhões por ano. O setor, entretanto, só investe cerca de US$ 4 bilhões ou US$ 5 bilhões por ano.
"É muito pouco, um terço do que deveria investir", avaliou. O baixo investimento se deve, segundo ele, à falta de competitividade. "Há importações desleais. O gás, por exemplo, custa nos Estados Unidos três vezes menos que no Brasil."
Construção
Para o presidente da Associação Brasileira da Construção Metálica, Luiz Carlos Caggiano Santos, o dinheiro dos investimentos feitos no Brasil deve ser gasto com produtos nacionais.
"O governo tem muito investimento, muito dinheiro pra ser gasto, mas muita coisa é importada. Nossa reivindicação é que esse dinheiro que será gasto no Brasil seja gasto com empresas brasileiras", disse. "A indústria brasileira tem condições de sobra."
Além da exigência de conteúdo nacional, Caggiano faz outra sugestão: "Talvez algum aumento de imposto de importação, já que o dólar não pode ser aumentado e está solto no mercado", disse.
"O ministro já fez muita coisa boa para nós, mas nossa indústria continua não competitiva", reconheceu. Segundo ele, o dólar "ajuda muito", mas "tem que ajudar mais". Mantega disse aos empresários, de acordo com Caggiano, que as demandas serão levadas à presidente Dilma Rousseff.