Mantega diz que trajetória da inflação é descendente
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a inflação está sob controle e terminará o ano dentro das metas estabelecidas pelo governo. "Nós podemos ver que o IPCA de março é menor que o de janeiro e fevereiro. A trajetória de todos os índices de inflação será descendente nos próximos meses", afirmou, após visitar […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a inflação está sob controle e terminará o ano dentro das metas estabelecidas pelo governo. "Nós podemos ver que o IPCA de março é menor que o de janeiro e fevereiro. A trajetória de todos os índices de inflação será descendente nos próximos meses", afirmou, após visitar a Feira da Construção, no Anhembi, na capital paulista. "Os indicadores dos núcleos já estão mostrando isso. A inflação terminará o ano dentro de seu curso e das metas que estabelecemos."
Mantega afirmou que os maiores vilões do primeiro trimestre do ano foram os alimentos, devido ao período de chuvas, principalmente o tomate, cujo peso no cálculo da inflação é relevante. "O fundamental é dizer que a inflação não é de demanda, a inflação é por choque de oferta. Todo mundo sabe, é só olhar os índices, e se você olhar o pior é o tomate. O que causou maior inflação é o tomatinho", disse, ressaltando que os preços vão recuar nos próximos meses. "De qualquer maneira estaremos atentos para não deixar que outros preços possam se elevar. Nós garantimos que a inflação permanecerá sob controle no Brasil", explicou.
Mantega admitiu que aumentos de preços poderão ocorrer em razão do aquecimento da economia. "É claro que a economia brasileira está um pouco mais aquecida e ocorre uma elevação de preços em relação ao ano passado, que teve um baixo nível de atividade e muitos setores fizeram descontos e reduções de preços. Neste ano talvez eles vão recuperar alguma coisa", declarou.
Ele destacou, porém, que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria não preocupa o governo e reiterou que os investimentos devem crescer entre 17% e 18% neste ano. "O Nível de Utilização da Capacidade Instalada não preocupa. No ano passado tínhamos muita capacidade ociosa e nos últimos anos foram feitos muitos investimentos no Brasil", afirmou. "O setor manufatureiro tem condições de atender a uma demanda maior."