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Mantega diz que Brasil pode recorrer a controles de capital

Medida, segundo o ministro, seria usada para conter o excesso de entrada de dólares resultante das políticas de flexibilização

Mantega pedirá ao FMI apoio às medidas "defensivas" recentemente tomadas pelas economias emergentes (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 17h50.

Washington - O Brasil vai continuar intervindo nos mercados de câmbio e pode até recorrer a controles de capital para conter o excesso de entrada de dólares resultante das políticas de flexibilização monetária no mundo desenvolvido. Esse será o recado que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dará ao Fundo Monetário Internacional neste fim de semana.

Mantega pedirá ao FMI apoio às medidas "defensivas" recentemente tomadas pelas economias emergentes, da mesma forma que o Fundo endossou as políticas expansionistas dos países desenvolvidos.

"As políticas de administração da conta de capital ainda têm de ser plenamente aceitas pelo Fundo como uma parte normal do instrumental de política econômica", afirmará Mantega ao comitê dirigente do FMI no sábado, de acordo com uma cópia de seu discurso a ser feito no encontro.

No Brasil, dirá ele, o governo vai continuar fazendo "o que julgar necessário para conter os ingressos de capital excessivos e voláteis por meio de uma combinação de intervenção nos mercados de câmbio à vista e futuro, medidas macroprudenciais e controles de capital".

Mantega não especificará quais controles de capital o governo pode adotar. Nos últimos meses, o governo aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre captações externas e atuou sistematicamente nos mercados de câmbio com leilões promovidos pelo Banco Central. Até o Tesouro Nacional realizou emissão de dívida soberana em real e recomprou parte de bônus também denominados em moeda local.

Em entrevista, no entanto, o ministro minimizou a possibilidade de imposição de controles de capital. "Nós não estamos controlando, exatamente. Há liberdade de entrada e saída plena; investimento direto não tem nenhuma taxação", comentou.

E enfatizou que o governo tem tomado medidas para reduzir o lucro que investidores tem com especulação. "Nós desestimulamos as operações em certos mercados porque elas causam uma valorização do real, atrapalham a economia e atrapalham a indústria", disse.

As ações em cima do câmbio foram bem sucedidas em enfraquecer o real em relação ao dólar. A cotação saiu de cerca de 1,70 real por dólar no final de fevereiro, para seu nível atual de cerca de 1,86 real por dólar.

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Washington - O Brasil vai continuar intervindo nos mercados de câmbio e pode até recorrer a controles de capital para conter o excesso de entrada de dólares resultante das políticas de flexibilização monetária no mundo desenvolvido. Esse será o recado que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dará ao Fundo Monetário Internacional neste fim de semana.

Mantega pedirá ao FMI apoio às medidas "defensivas" recentemente tomadas pelas economias emergentes, da mesma forma que o Fundo endossou as políticas expansionistas dos países desenvolvidos.

"As políticas de administração da conta de capital ainda têm de ser plenamente aceitas pelo Fundo como uma parte normal do instrumental de política econômica", afirmará Mantega ao comitê dirigente do FMI no sábado, de acordo com uma cópia de seu discurso a ser feito no encontro.

No Brasil, dirá ele, o governo vai continuar fazendo "o que julgar necessário para conter os ingressos de capital excessivos e voláteis por meio de uma combinação de intervenção nos mercados de câmbio à vista e futuro, medidas macroprudenciais e controles de capital".

Mantega não especificará quais controles de capital o governo pode adotar. Nos últimos meses, o governo aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre captações externas e atuou sistematicamente nos mercados de câmbio com leilões promovidos pelo Banco Central. Até o Tesouro Nacional realizou emissão de dívida soberana em real e recomprou parte de bônus também denominados em moeda local.

Em entrevista, no entanto, o ministro minimizou a possibilidade de imposição de controles de capital. "Nós não estamos controlando, exatamente. Há liberdade de entrada e saída plena; investimento direto não tem nenhuma taxação", comentou.

E enfatizou que o governo tem tomado medidas para reduzir o lucro que investidores tem com especulação. "Nós desestimulamos as operações em certos mercados porque elas causam uma valorização do real, atrapalham a economia e atrapalham a indústria", disse.

As ações em cima do câmbio foram bem sucedidas em enfraquecer o real em relação ao dólar. A cotação saiu de cerca de 1,70 real por dólar no final de fevereiro, para seu nível atual de cerca de 1,86 real por dólar.

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