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Mantega diz que Brasil está pronto para agir contra especulação

"Nós estamos bem preparados para suportar até o agravemento da crise" disse o ministro da Fazenda em audiência na Câmara dos Deputados

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu a política fiscal do governo (Diógenis Santos/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2011 às 17h32.

Brasília - A política monetária afrouxada nos Estados Unidos estimula especulações no mercado doméstico, mas o Brasil está preparado para agir contra a chamada guerra cambial e a competição comercial predatória, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Mantega destacou ainda que a crise nos países avançados apenas mudou de fase, com Estados Unidos e União Europeia passando a enfrentar problemas de dívida.

"Nós estamos bem preparados para suportar até o agravemento da crise... O Brasil está fazendo uma política fiscal sólida, nós estamos cultivando um superávit primário, e a dívida brasileira é uma das poucas do mundo que está caindo", disse o ministro em audiência na Câmara dos Deputados.

O ministro voltou a dizer que a recente enxurrada de dólares que o país tem recebido está atrelada à política monetária expansionista nos Estados Unidos, num contexto em que o dinamismo da economia brasileira contrasta com a fraqueza das nações industrializadas.

"Isso alimenta o que nós chamamos de guerra cambial. Mas o Brasil tem agido diante dessa guerra cambial, impedindo que o real se valorize em demasia", afirmou Mantega.

"E com falta de mercado lá, todo mundo vai em busca dos países que estão crescendo. O que nós assistimos no decorrer dessa crise é que a concorrência comercial ficou mais acirrada e ela se torna predatória."

Mantega cobrou ainda que haja comprometimento entre todos os Poderes no Brasil --Legislativo, Judiciário e Executivo-- no sentido de melhorar o lado fiscal, que, segundo ele, é um dos trunfos do país para enfrentar uma possível piora nos mercados.

"Queremos que outros Poderes da República não façam propostas que aumentem gastos", afirmou o ministro.

"Manter um fiscal forte é um dos anteparos contra a crise", completou, acrescentando ainda que um segundo reforço do Brasil contra a crise é o robusto volume de reservas internacionais atualmente.

"O Brasil hoje está respaldado, está seguro em reservas muito maiores (do que em 2008). Além disso, nós temos a experiência que acumulamos em 2008, que foi bem sucedida até aqui", disse Mantega.

De acordo com dados do Banco Central (BC), as reservas internacionais alcançaram na véspera 349,643 bilhões de dólares, contra 206,486 bilhões de dólares no final de setembro de 2008, mês do agravamento da crise global.

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Brasília - A política monetária afrouxada nos Estados Unidos estimula especulações no mercado doméstico, mas o Brasil está preparado para agir contra a chamada guerra cambial e a competição comercial predatória, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Mantega destacou ainda que a crise nos países avançados apenas mudou de fase, com Estados Unidos e União Europeia passando a enfrentar problemas de dívida.

"Nós estamos bem preparados para suportar até o agravemento da crise... O Brasil está fazendo uma política fiscal sólida, nós estamos cultivando um superávit primário, e a dívida brasileira é uma das poucas do mundo que está caindo", disse o ministro em audiência na Câmara dos Deputados.

O ministro voltou a dizer que a recente enxurrada de dólares que o país tem recebido está atrelada à política monetária expansionista nos Estados Unidos, num contexto em que o dinamismo da economia brasileira contrasta com a fraqueza das nações industrializadas.

"Isso alimenta o que nós chamamos de guerra cambial. Mas o Brasil tem agido diante dessa guerra cambial, impedindo que o real se valorize em demasia", afirmou Mantega.

"E com falta de mercado lá, todo mundo vai em busca dos países que estão crescendo. O que nós assistimos no decorrer dessa crise é que a concorrência comercial ficou mais acirrada e ela se torna predatória."

Mantega cobrou ainda que haja comprometimento entre todos os Poderes no Brasil --Legislativo, Judiciário e Executivo-- no sentido de melhorar o lado fiscal, que, segundo ele, é um dos trunfos do país para enfrentar uma possível piora nos mercados.

"Queremos que outros Poderes da República não façam propostas que aumentem gastos", afirmou o ministro.

"Manter um fiscal forte é um dos anteparos contra a crise", completou, acrescentando ainda que um segundo reforço do Brasil contra a crise é o robusto volume de reservas internacionais atualmente.

"O Brasil hoje está respaldado, está seguro em reservas muito maiores (do que em 2008). Além disso, nós temos a experiência que acumulamos em 2008, que foi bem sucedida até aqui", disse Mantega.

De acordo com dados do Banco Central (BC), as reservas internacionais alcançaram na véspera 349,643 bilhões de dólares, contra 206,486 bilhões de dólares no final de setembro de 2008, mês do agravamento da crise global.

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