Mantega diz que BNDES recebe cada vez menos recursos
Segundo o ministro, o Tesouro deve transferir cerca de R$ 20 bilhões este ano para o Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2013 às 14h42.
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , disse nesta terça-feira, 22, após encontro com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurria, que o Brasil não precisou estatizar os bancos públicos durante a crise financeira internacional porque o sistema financeiro brasileiro estava mais saudável do que em outros países. Ele lembrou que Reino Unido e Estados Unidos estatizaram seus bancos.
O secretário-geral da OCDE disse que, "idealmente", o dia em que os bancos de desenvolvimento não forem mais necessários é porque o sistema financeiro está operando "normalmente e de maneira positiva". "Mas acho que esse momento não chegou", afirmou, ao lado de Mantega.
"Aqui está chegando. O BNDES vai receber cada vez menos recursos porque os bancos privados estão se interessando pelos financiamentos de longo prazo", disse Mantega. Segundo o ministro, o Tesouro deve transferir cerca de R$ 20 bilhões este ano para o Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES).
"O empréstimo este ano será de R$ 20 bilhões, bem menos que no ano passado e assim por diante. Estamos, a cada ano, diminuindo o aporte, de modo a zerar este aporte em breve."
Mantega afirmou que não há previsão de aportes para o próximo ano. Ele lembrou ainda que o governo já fez este ano uma capitalização no BNDES no valor de R$ 15 bilhões, mas estes recursos têm natureza diferente dos R$ 20 bilhões que serão destinados para linhas de financiamentos mais baratas.
Atuação dos bancos públicos
O ministro Mantega negou que o governo tem como ideologia o uso de bancos públicos para financiar a economia e ocupar espaço no crédito. Segundo ele, o governo teve que utilizar os bancos públicos devido à crise financeira de 2008 e 2009, que paralisou as economias, o comércio exterior e os investimentos.
"Como o Brasil tem bancos públicos, estimulamos eles a liberar mais crédito", afirmou. "Em 2010, os bancos privados voltaram com força e recuperaram o seu lugar. Não há ideologia de que banco público tem que ocupar espaço. O que há é necessidade de financiar a atividade econômica, que não pode parar", acrescentou.
Ele lembrou que em 2011, com a crise na Europa, os bancos públicos tiveram que voltar a atuar. "O investimento caiu e o investimento é fundamental, daí a importância do BNDES ter recebido recursos", afirmou. Segundo ele, o Tesouro financiou o BNDES e esses recursos vão voltar. "Os investimentos voltaram a crescer e são o que mais cresce, e é graças aos programas de investimento com taxas menores."
Mantega ressaltou que, a despeito das ações envolvendo os bancos públicos, tudo foi decidido seguindo regras de governança exemplar, muito semelhante ao que ocorre no setor privado. "O Banco do Brasil tem ações no mercado, é uma empresa de capital aberto, com desempenho igual ou melhor do que os bancos privados. Tem lucro, e é tão alto quanto o dos bons bancos brasileiros, e a Caixa não fica atrás."
Segundo o ministro, os bancos públicos poderão voltar a atuar menos a partir do momento em que os bancos privados voltem a financiar mais a economia. "Acho que eles (bancos privados) estão voltando. Vão financiar as concessões", afirmou. "Essa complementaridade se deu de forma mais intensa durante a crise."
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , disse nesta terça-feira, 22, após encontro com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurria, que o Brasil não precisou estatizar os bancos públicos durante a crise financeira internacional porque o sistema financeiro brasileiro estava mais saudável do que em outros países. Ele lembrou que Reino Unido e Estados Unidos estatizaram seus bancos.
O secretário-geral da OCDE disse que, "idealmente", o dia em que os bancos de desenvolvimento não forem mais necessários é porque o sistema financeiro está operando "normalmente e de maneira positiva". "Mas acho que esse momento não chegou", afirmou, ao lado de Mantega.
"Aqui está chegando. O BNDES vai receber cada vez menos recursos porque os bancos privados estão se interessando pelos financiamentos de longo prazo", disse Mantega. Segundo o ministro, o Tesouro deve transferir cerca de R$ 20 bilhões este ano para o Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES).
"O empréstimo este ano será de R$ 20 bilhões, bem menos que no ano passado e assim por diante. Estamos, a cada ano, diminuindo o aporte, de modo a zerar este aporte em breve."
Mantega afirmou que não há previsão de aportes para o próximo ano. Ele lembrou ainda que o governo já fez este ano uma capitalização no BNDES no valor de R$ 15 bilhões, mas estes recursos têm natureza diferente dos R$ 20 bilhões que serão destinados para linhas de financiamentos mais baratas.
Atuação dos bancos públicos
O ministro Mantega negou que o governo tem como ideologia o uso de bancos públicos para financiar a economia e ocupar espaço no crédito. Segundo ele, o governo teve que utilizar os bancos públicos devido à crise financeira de 2008 e 2009, que paralisou as economias, o comércio exterior e os investimentos.
"Como o Brasil tem bancos públicos, estimulamos eles a liberar mais crédito", afirmou. "Em 2010, os bancos privados voltaram com força e recuperaram o seu lugar. Não há ideologia de que banco público tem que ocupar espaço. O que há é necessidade de financiar a atividade econômica, que não pode parar", acrescentou.
Ele lembrou que em 2011, com a crise na Europa, os bancos públicos tiveram que voltar a atuar. "O investimento caiu e o investimento é fundamental, daí a importância do BNDES ter recebido recursos", afirmou. Segundo ele, o Tesouro financiou o BNDES e esses recursos vão voltar. "Os investimentos voltaram a crescer e são o que mais cresce, e é graças aos programas de investimento com taxas menores."
Mantega ressaltou que, a despeito das ações envolvendo os bancos públicos, tudo foi decidido seguindo regras de governança exemplar, muito semelhante ao que ocorre no setor privado. "O Banco do Brasil tem ações no mercado, é uma empresa de capital aberto, com desempenho igual ou melhor do que os bancos privados. Tem lucro, e é tão alto quanto o dos bons bancos brasileiros, e a Caixa não fica atrás."
Segundo o ministro, os bancos públicos poderão voltar a atuar menos a partir do momento em que os bancos privados voltem a financiar mais a economia. "Acho que eles (bancos privados) estão voltando. Vão financiar as concessões", afirmou. "Essa complementaridade se deu de forma mais intensa durante a crise."