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Malas de estrangeiros ajudam exportações dos EUA

Crescente número de turistas estão lotando shopping centers dos EUA, elevando as exportações de turismo para um recorde de US$ 14,9 bilhões em junho

Sawgrass Mills em Sunrise, Flórida: shopping center é um dos destinos de compras dos consumidores estrangeiros (Joe Raedle/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 17h56.

Miami/Washington - Vivian Leite precisava de uma mala nova para transportar US$ 5.000 em mercadorias ao voltar para casa, no Brasil, após uma viagem de compras de uma semana aos EUA.

“A variedade de produtos é incrível nos EUA”, disse a veterinária de 40 anos de idade do Rio de Janeiro, em 15 de setembro, enquanto fazia compras perto de Miami com 11 amigos. “Eu vim com uma mala, mas posso dizer que precisarei de outra para voltar para casa”.

Vivian Leite faz parte de um crescente número de turistas de países como China, Índia e Argentina que estão lotando os shopping centers dos EUA para abocanhar tudo, desde iPhones da Apple Inc. até bolsas da Coach Inc., que têm etiquetas com preços mais baratos nos EUA. As chamadas exportações de turismo, ou o valor em produtos e serviços adquiridos por visitantes do exterior, subiram a um nível recorde, impulsionando a economia e o emprego.

“A indústria do turismo neste ano, até aqui, foi responsável por mais de um quarto do crescimento do nosso país em exportações, então é incrivelmente importante”, disse David Huether, vice-presidente sênior de pesquisas da U.S. Travel Association, uma organização sem fins lucrativos, com sede em Washington, que representa o setor. “As pessoas vêm aqui, gastam dinheiro e mantêm empregos”.

As exportações de turismo subiram para um recorde de US$ 14,9 bilhões em junho. Elas representaram 32 por cento do ganho em vendas totais para clientes estrangeiros durante os sete primeiros meses do ano, mostram números do Departamento de Comércio. Isso é quase três vezes a participação no mesmo período do ano passado.

O número de pessoas que visitam os EUA está em aumento e seus gastos estão crescendo ainda mais rápido. As chegadas internacionais aumentaram 6,4 por cento no primeiro trimestre em comparação com o ano anterior, mostraram dados do Departamento de Comércio na semana passada. Os gastos no mesmo período subiram 10,6 por cento. Em 2012, o tráfego subiu 6,1 por cento e os gastos, 8,7 por cento.

Taxas de câmbio, tarifas e concorrência menor em alguns países ajudam a explicar por que a mercadoria vendida no exterior pode ser mais cara do que nos EUA, segundo Chen Grazutis, analista da Bloomberg Industries.


Os varejistas americanos também estão se beneficiando do crescimento da classe média pelo mundo, disse Huether. Pessoas da Colômbia, Venezuela, China, Argentina, Taiwan e Brasil representaram em março os maiores aumentos no top-20 de fontes de visitas para os EUA, mostram os mais recentes dados do Departamento de Comércio.

Orçamentos maiores

Os viajantes da China e da Índia gastaram mais de US$ 6.200 per capita em 2012, enquanto os visitantes da Argentina e do Brasil gastaram mais de US$ 5.000. Residentes franceses, como comparação, gastaram US$ 3.654, com base em cálculos da U.S. Travel Association sobre dados do Departamento de Comércio.

A atração de turismo de fora está levando cidades e empresas a promoverem a si mesmas para estrangeiros. A Air China Ltd. abriu um voo direto Pequim-Houston em julho, e Jorge Franz, vice-presidente de vendas internacionais e turismo do escritório de visitantes e convenções de Houston, disse que a cidade está à procura de um aumento no número de visitantes asiáticos.

“Os viajantes internacionais gastam muito mais do que os viajantes nacionais, na maioria dos casos mais do que o dobro”, disse Franz, acrescentando que eles frequentam lojas de alto padrão da Gucci Group NV e da LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton SA. Os turistas das “economias do BRIC são um fenômeno real para Houston”, disse Franz, referindo-se a Brasil, Rússia, Índia e China.

Shopping outlet

Eles também são uma bênção para o Sawgrass Mills, onde Vivian Leite fez compras. O shopping outlet com mais de 350 lojas, perto de Miami, atribui mais da metade das vendas a visitantes internacionais, disse sua gerente-geral Luanne Lenberg.

“Nós vemos uma propensão à compra de marcas -- podem ser marcas de luxo ou também marcas fortes americanas”, disse Lenberg a respeito dos visitantes internacionais do shopping. “Nós estamos de olho nos mercados emergentes, como China e Índia, entre outros, e eles serão muito importantes para um crescimento maior”.

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Miami/Washington - Vivian Leite precisava de uma mala nova para transportar US$ 5.000 em mercadorias ao voltar para casa, no Brasil, após uma viagem de compras de uma semana aos EUA.

“A variedade de produtos é incrível nos EUA”, disse a veterinária de 40 anos de idade do Rio de Janeiro, em 15 de setembro, enquanto fazia compras perto de Miami com 11 amigos. “Eu vim com uma mala, mas posso dizer que precisarei de outra para voltar para casa”.

Vivian Leite faz parte de um crescente número de turistas de países como China, Índia e Argentina que estão lotando os shopping centers dos EUA para abocanhar tudo, desde iPhones da Apple Inc. até bolsas da Coach Inc., que têm etiquetas com preços mais baratos nos EUA. As chamadas exportações de turismo, ou o valor em produtos e serviços adquiridos por visitantes do exterior, subiram a um nível recorde, impulsionando a economia e o emprego.

“A indústria do turismo neste ano, até aqui, foi responsável por mais de um quarto do crescimento do nosso país em exportações, então é incrivelmente importante”, disse David Huether, vice-presidente sênior de pesquisas da U.S. Travel Association, uma organização sem fins lucrativos, com sede em Washington, que representa o setor. “As pessoas vêm aqui, gastam dinheiro e mantêm empregos”.

As exportações de turismo subiram para um recorde de US$ 14,9 bilhões em junho. Elas representaram 32 por cento do ganho em vendas totais para clientes estrangeiros durante os sete primeiros meses do ano, mostram números do Departamento de Comércio. Isso é quase três vezes a participação no mesmo período do ano passado.

O número de pessoas que visitam os EUA está em aumento e seus gastos estão crescendo ainda mais rápido. As chegadas internacionais aumentaram 6,4 por cento no primeiro trimestre em comparação com o ano anterior, mostraram dados do Departamento de Comércio na semana passada. Os gastos no mesmo período subiram 10,6 por cento. Em 2012, o tráfego subiu 6,1 por cento e os gastos, 8,7 por cento.

Taxas de câmbio, tarifas e concorrência menor em alguns países ajudam a explicar por que a mercadoria vendida no exterior pode ser mais cara do que nos EUA, segundo Chen Grazutis, analista da Bloomberg Industries.


Os varejistas americanos também estão se beneficiando do crescimento da classe média pelo mundo, disse Huether. Pessoas da Colômbia, Venezuela, China, Argentina, Taiwan e Brasil representaram em março os maiores aumentos no top-20 de fontes de visitas para os EUA, mostram os mais recentes dados do Departamento de Comércio.

Orçamentos maiores

Os viajantes da China e da Índia gastaram mais de US$ 6.200 per capita em 2012, enquanto os visitantes da Argentina e do Brasil gastaram mais de US$ 5.000. Residentes franceses, como comparação, gastaram US$ 3.654, com base em cálculos da U.S. Travel Association sobre dados do Departamento de Comércio.

A atração de turismo de fora está levando cidades e empresas a promoverem a si mesmas para estrangeiros. A Air China Ltd. abriu um voo direto Pequim-Houston em julho, e Jorge Franz, vice-presidente de vendas internacionais e turismo do escritório de visitantes e convenções de Houston, disse que a cidade está à procura de um aumento no número de visitantes asiáticos.

“Os viajantes internacionais gastam muito mais do que os viajantes nacionais, na maioria dos casos mais do que o dobro”, disse Franz, acrescentando que eles frequentam lojas de alto padrão da Gucci Group NV e da LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton SA. Os turistas das “economias do BRIC são um fenômeno real para Houston”, disse Franz, referindo-se a Brasil, Rússia, Índia e China.

Shopping outlet

Eles também são uma bênção para o Sawgrass Mills, onde Vivian Leite fez compras. O shopping outlet com mais de 350 lojas, perto de Miami, atribui mais da metade das vendas a visitantes internacionais, disse sua gerente-geral Luanne Lenberg.

“Nós vemos uma propensão à compra de marcas -- podem ser marcas de luxo ou também marcas fortes americanas”, disse Lenberg a respeito dos visitantes internacionais do shopping. “Nós estamos de olho nos mercados emergentes, como China e Índia, entre outros, e eles serão muito importantes para um crescimento maior”.

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