Economia

Mais 1,5 milhão de americanos pedem seguro-desemprego nos EUA

Números mostram desaceleração dos pedidos, em meio à reabertura da economia norte-americana

Estados Unidos: pedidos começaram a apresentar altos números depois do início da pandemia do novo coronavírus (Zave Smith/Getty Images)

Estados Unidos: pedidos começaram a apresentar altos números depois do início da pandemia do novo coronavírus (Zave Smith/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2020 às 09h43.

Última atualização em 11 de junho de 2020 às 11h26.

As demissões nos Estados Unidos estão diminuindo, mas milhões de pessoas que perderam o emprego por causa da Covid-19 continuam obtendo benefícios de desemprego, sugerindo que o mercado de trabalho pode levar anos para se recuperar da pandemia, mesmo quando as empresas retomarem a contratação de trabalhadores.

Os novos pedidos de auxílio-desemprego caíram para 1,542 milhão na semana encerrada em 6 de junho, segundo dado com ajuste sazonal, ante 1,897 milhão na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho na quinta-feira.

Com isso, os pedidos para o auxílio afastaram-se de um recorde de 6,867 milhões registrado no final de março.

Economistas consultados pela Reuters previam 1,55 milhão de pedidos no última semana.

Mas o número de pessoas que têm recebido os benefícios permaneceu alto, com o chamado número de reivindicações continuadas em 20,929 milhões na semana encerrada em 30 de maio, os dados mais recentes disponíveis para essa métrica.

O número ainda representa queda ante os 21,268 milhões na semana anterior.

O relatório semanal de reivindicações de auxílio-desemprego, que traz dados importantes sobre a saúde da economia, vem após notícia na sexta-feira sobre um aumento surpreendente de 2,5 milhões de vagas fora do setor agrícola em maio.

O número reforçou visões de que o mercado de trabalho resistiu ao pior da turbulência. Mas os pedidos de auxílio-desemprego ainda estão em nível que representa mais do que o dobro do seu pico durante a Grande Recessão de 2007-09.

O Federal Reserve sinalizou na quarta-feira que poderá fornecer anos de apoio extraordinário à economia, projetando uma taxa de desemprego de 9,3% no final do ano. A taxa de desemprego dos EUA saltou de 3,5% em fevereiro para 13,3% em maio.

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse a repórteres na quarta-feira que haverá um "período prolongado" durante o qual seria "difícil para muitas pessoas encontrar trabalho".

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