Economia

Maior venda de veículos depende do avanço da renda, diz Itaú

Segundo economista, primeiro grande desafio é "apagar o incêndio" de curto prazo em áreas como política fiscal, para retomar confiança na economia brasileira


	Concessionária: crescimento da venda depende principalmente do alta da renda per capita, diz economista
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Concessionária: crescimento da venda depende principalmente do alta da renda per capita, diz economista (VEJA)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 15h50.

São Paulo - Com previsão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) de queda de 5,4% nos licenciamentos em 2014, o crescimento da venda de veículos no Brasil depende principalmente do aumento da renda per capita, avaliou na tarde desta quinta-feira, 6, o economista do Itaú Caio Megale, durante fórum que discute o futuro da indústria automobilística.

Segundo ele, para isso é necessário que o governo federal promova mudanças, "pavimentando o caminho de médio e longo prazo".

Para justificar sua defesa, Megale mostrou um gráfico do Fundo Monetário Internacional (FMI), indicando que quanto maior o PIB per capita de um país, maior o número de carro por habitante.

"O Brasil não está muito fora, mas para crescer ainda mais é importante avançar na renda. Daqui para frente, se o PIB não acelerar, vamos ter espaço para crescer, mas em ritmo menor", afirmou o economista para uma plateia de executivos do setor automotivo.

A volta do crescimento do PIB, destacou, depende principalmente das reformas prometidas pela presidente Dilma Rousseff.

De acordo com o economista, o primeiro grande desafio é "apagar o incêndio" de curto prazo em áreas como a política fiscal, para retomar a confiança na economia brasileira.

Caso isso aconteça, ele afirmou que a economia do país tende a voltar a crescer "lentamente" a partir do fim de 2015 e início de 2016.

"As reservas acabaram. Não dá para continuar crescendo o consumo sem incremento da renda. A conta chegou em 2014", disse, destacando que os desequilíbrios econômicos provocaram a recessão em 2014.

"Chegamos a um momento em que a economia precisou de uma parada. (...) Mas, diferente da Fórmula 1, vai ser um pit stop mais demorado", acrescentou.

O Itaú espera crescimento de 0,1% do PIB em 2014 e de 1,3% em 2015.

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