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Maia vê dificuldade para reforma administrativa sem avanço na tributária

Maia ponderou ainda que haverá muita dificuldade de avançar nas mudanças administrativas se não se avançar paralelamente nas alterações tributárias

Maia: presidente da Câmara dos Deputados afirmou que a imagem do País no exterior "não parece muito boa neste momento" (Luiz Macedo/Agência Câmara)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 19h30.

Última atualização em 28 de outubro de 2019 às 19h39.

São Paulo — O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia , disse nesta segunda que avisou à equipe do ministro Paulo Guedes que não considera a reforma administrativa mais importante que a tributária.

Segundo ele, as duas propostas são "fundamentais e urgentes" e ponderou ainda que haverá muita dificuldade de avançar nas mudanças administrativas se não se avançar paralelamente nas alterações tributárias.

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"Eu disse à assessora do Paulo Guedes e ao secretário Esteves que para a gente não tinha administrativa mais importante que tributária, as propostas são todas fundamentais e urgentes. E acho que vão ter muita dificuldade na Câmara de avançar na administrativa se não tivermos condições de avançar na tributária", disse durante evento organizado pelo Grupo Voto em São Paulo.

Ele afirmou ainda que, durante sua visita a Londres e Irlanda - uma tentativa de diminuir o impacto negativo na imagem do país após os ruídos acerca do desmatamento na Amazônia -, percebeu que a imagem do País lá fora "não parece muito boa neste momento".

"Se não resolvermos isso, não adianta fazer reforma tributária, administrativa. Há uma relação muito forte entre investimento internacional com meio ambiente", disse.

Rota 2030

O presidente da Câmara disse que não concordou com a aprovação do Rota 2030, programa de incentivo ao setor automotivo. "Eu não queria, mas graças a Deus não sou dono do Parlamento", disse.

Maia disse ainda que reconhece a legitimidade tanto da Câmara quanto do Senado em realizar a reforma tributária. E afirmou que desde que se aprove uma reforma que simplifique o sistema atual não há diferenças entre a reforma ser aprovada em qualquer uma das duas casas.

"Eu não tenho problema em que Câmara e Senado trabalhem juntos ou cada um aprove um projeto", disse.

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