Economia

Temos votos suficientes para aprovar a reforma tributária, diz Maia

De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, há 320 votos favoráveis à PEC 45, mesmo sem contar com a ajuda dos partidos da base do governo

Maia: "Governo deveria falar qual é a pauta de interesse para os próximos 2 meses" (Adriano Machado/Reuters)

Maia: "Governo deveria falar qual é a pauta de interesse para os próximos 2 meses" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de dezembro de 2020 às 06h58.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acredita já ter apoio suficiente para se aprovar a reforma tributária na Câmara. Segundo ele, já há 320 votos favoráveis à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45, mesmo sem contar com a ajuda dos partidos da base do governo. Maia tem defendido o texto como prioridade na pauta de recuperação econômica do País.

"Não vamos resolver o problema do Brasil apenas cortando despesas", disse Maia em entrevista ao UOL. "Precisamos de uma macro reforma que é a tributária", afirmou.

Segundo ele, o relator da proposta, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), deve apresentar seu parecer para partidos e governo nesta semana e, se houver consenso, irá colocar o texto em votação. A PEC precisa ser aprovada em dois turnos. "Se não tiver consenso, ficará para o próximo presidente da Câmara pautar, ela estará pronta para votação", disse.

Maia reclamou das vaidades na política e disse que pessoas vaidosas no Executivo e Legislativo atrasaram a votação de projetos importantes.

"Governo deveria falar qual é a pauta de interesse para os próximos 2 meses"

Maia cobrou do governo uma pauta com os projetos econômicos prioritários para o Executivo para as próximas semanas e reforçou, mais uma vez, que não colocará em pauta a prorrogação de mecanismos extraordinários como o estado de calamidade e o orçamento de guerra.

"O governo deveria ter começado o dia hoje com uma coletiva para falar qual é a pauta de seu interesse para os próximos dois meses", disse Maia em entrevista ao UOL.

Para ele o deputado, não quis enfrentar os desafios durante o processo eleitoral e deveria, findo o segundo turno, tratar de projetos como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial e das reformas que pretende apoiar.

"Senti falta na manhã de hoje de uma posição mais clara e de urgência, nesse momento, em relação às pautas que tratam das despesas públicas", disse. "Teremos aí dois, três meses que vão definir o futuro do País e da eleição de 2022", afirmou.

Maia mandou recado para o governo não deixar suas ações para os últimos dias do ano e ressaltou que não haverá prorrogação do estado de calamidade e nem da PEC da Guerra. Ele voltou a dizer ainda que os desafios para o País são grandes e que não vai apoiar nenhuma criação de novo imposto.

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