Economia

Cidade de SP abriu 674 mil novas empresas entre 2021 e 2024 — e atraiu 69 mil, diz Nunes

Em entrevista ao programa Macro em Pauta, da EXAME, o prefeito afirmou que a desburocratização e a segurança jurídica foram determinantes para atrair empresas à cidade

Nunes: o prefeito apontou a necessidade de melhorar os cursos profissionalizantes na área de tecnologia (Leandro Fonseca/Exame)

Nunes: o prefeito apontou a necessidade de melhorar os cursos profissionalizantes na área de tecnologia (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 15h21.

Última atualização em 15 de janeiro de 2025 às 15h56.

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A cidade de São Paulo abriu 674 mil novas empresas entre 2021 e 2024 e atraiu 69 mil negócios que estavam em outras cidades do Brasil . Os dados foram adiantados com exclusividade para a EXAME pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), em entrevista ao programa Macro em Pauta.

"Criamos em São Paulo o que o empreendedor precisa: segurança jurídica e sempre prezando muito pelo que está na nossa bandeira: ordem e progresso. Não tem progresso sem ordem", afirmou.

Nunes destacou que hoje, na capital, uma empresa leva em média 17 horas para ser aberta. Ele também valorizou a redução de impostos e o combate à corrupção como medidas que atraíram mais negócios para a cidade.

"Esse ambiente está fazendo que propiciemos para quem quer empreender um ambiente saudável. Podemos falar que aqui é a locomotiva do Brasil", disse.

Sobre emprego e capacitação de mão de obra, Nunes apontou a necessidade de melhorar os cursos profissionalizantes na área de tecnologia. Ele mencionou que a prefeitura criou um programa em parceria com a Amazon para atender essa demanda e, em paralelo, está oferecendo reforço nas aulas de matemática para alunos da rede pública.

"Temos focado bastante em ofertar cursos na área de tecnologia. Em paralelo, vamos fortalecer as aulas de matemática e criar competições para fazer com que aquelas pessoas que têm facilidade na área de exatas encontrem um ambiente para desenvolver o seu potencial", afirmou o prefeito.

Necessidade de redesenho de programas sociais

Nunes também avaliou que setores como supermercados e construção civil enfrentam dificuldades para preencher vagas abertas . Segundo ele, benefícios sociais como o Bolsa Família podem levar a um "certo comodismo" que dificulta a busca por empregos.

"Tem muitas pessoas que ficam apegadas com os benefícios pagos, e isso causa até um certo comodismo. Precisamos colocar para essas pessoas que o grande desenvolvimento não é ficar no benefício", afirmou.

O prefeito citou o programa Vila Reencontro, que oferece moradia por 12 meses a pessoas em situação de rua, como exemplo de iniciativa para criar uma saída dos benefícios sociais.

"Tenho assistente social e cursos profissionalizantes. A ideia é que ele fique lá, aprenda uma profissão, se reestruture, e damos todo esse apoio. Nosso objetivo é que essas pessoas arrumem emprego e tenham a sua autonomia", disse.

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