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Lula vai incluir Ministério da Defesa em discussão sobre corte de gastos

Pasta que reúne as três Forças foi convocada para reunião com a Fazenda

Agência o Globo
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Publicado em 12 de novembro de 2024 às 06h26.

Última atualização em 12 de novembro de 2024 às 07h27.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu incluir o Ministério da Defesa nas discussões do governo sobre o corte de gastos. A pasta, que reúne as três Forças Armadas do país — Exército, Marinha e Aeronáutica — foi chamada para uma reunião com o Ministério da Fazenda, que deve ocorrer na quarta-feira.

Nesta segunda-feira, após se reunir com o presidente no Palácio do Planalto, Haddad afirmou que Lula pediu para incluir mais um ministério, até agora ausente, nas medidas que o governo discute há semanas para cortar gastos. O ministro não detalhou qual ministério foi alvo do pedido.

"As reuniões com ministros de Trabalho, Previdência, Desenvolvimento Social, Saúde, Educação, elas já se completaram. O presidente pediu para incluir um ministério nesse esforço, uma negociação que deve ser concluída até quarta-feira. Eu não vou adiantar (qual), porque não sei se vai haver tempo hábil de incorporar o pedido. Mas acredito que vai haver boa vontade", declarou.

"Eu vou colocar tudo na mesa. Eu tenho coragem para colocar tudo. Até porque o próprio Tribunal de Contas da União (TCU) fez um alerta em relação à previdência dos militares. O meu otimismo é porque tem um leque de possibilidades".

Segundo levantamento do TCU, o custo para os cofres públicos com pessoal da reserva das Forças Armadas subiu de R$ 31,85 bilhões, em 2014 para R$ 58,8 bilhões, em 2023, um crescimento de 84,6%.

No período, o descasamento entre receitas e despesas do regime de aposentadoria saiu de R$ 29,51 bilhões para R$ 49,73 bilhões.

Alterações no regime de previdência dois militares enfrentam resistência na cúpula das Forças Armadas. Oficiais de comando dizem que só aceitam discutir o tema dentro da proposta de uma nova reforma geral da Previdência, que não está nos planos do governo no momento. No Congresso, deputados e senadores também não se mostram dispostos a tratar desse tipo de mudança.

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