Lula: novos ministros devem dar continuidade a obras
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que os dez novos ministros que substituíram os que saíram para ser candidatos nas eleições deste ano atuem para assegurar a continuação das obras começadas. Este será o teor da primeira reunião ministerial com a nova equipe, que Lula faz hoje. O tema foi realçado […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que os dez novos ministros que substituíram os que saíram para ser candidatos nas eleições deste ano atuem para assegurar a continuação das obras começadas. Este será o teor da primeira reunião ministerial com a nova equipe, que Lula faz hoje. O tema foi realçado nesta manhã no programa semanal de rádio "Café com o Presidente".
Lula afirmou que não é tempo de parar, mas sim de trabalhar muito mais para que o governo não perca o compasso. Porém, de acordo com ele, as alterações no ministério não constituem nenhuma mudança na direção do Poder Executivo, das diretrizes determinadas e das obras contratadas. "Até porque nós entendemos que não é possível, faltando nove meses para terminar o mandato, alguém imaginar começar uma obra nova, tentar inventar um outro programa."
Segundo o presidente, a administração federal deve concretizar todos os projetos em curso, terminar aqueles que necessitam e podem ser finalizados e ainda adiantar o máximo possível as obras preestabelecidas, seja no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Minha Casa, Minha Vida ou nas demais propostas de cada pasta. "Eu optei em promover os secretários executivos por uma razão muito simples, ou seja, não é possível você tentar, faltando pouco tempo para terminar o campeonato, você contratar jogadores novos", disse.
Lula afirmou que escolheu levar os secretários à função de ministro e consentir que eles aprontem as obras nas quais trabalhavam porque, direta ou indiretamente, estavam mais próximos ao titular da pasta e efetuavam os planos delineados. "Estou convencido que esta foi a melhor forma para que a gente mantenha a continuidade. Que a gente não pare. Porque você imagina um ministro novo, ele tem de chamar um novo chefe de gabinete, tem de chamar um novo secretário executivo, até as pessoas conhecerem a máquina, acabou o meu mandato."
'A todo vapor'
Lula disse que o governo "entrará hoje em campo com todo o vapor". Conforme o presidente, o encontro ministerial terá como objetivo fazer com que os ministros trabalhem mais e assumam encargos. "Nós vamos fiscalizar muito mais, trabalhar muito mais junto dos ministros, para que as coisas aconteçam com maior rapidez", prometeu.
Lula explicou que, na reunião, indicará aos novos auxiliares como caminha a economia do Brasil, "porque é importante que eles tenham noção da clareza que o conjunto do governo, que o presidente da República e o ministro da Fazenda (Guido Mantega) estão vendo, de perspectiva de crescimento econômico para o ano de 2010".
"Estamos seguros que 2010 será um ano muito importante para o Brasil. Em 2010 a gente, no primeiro trimestre, já mostrou claramente que o crescimento da política industrial, o crescimento da agricultura, o crescimento da construção civil, o crescimento da geração de empregos é muito forte."
O presidente comparou o encontro de hoje a uma preleção do técnico de time de futebol ao jogadores. "Ele chama o jogador e fica fazendo uma pequena preleção ali, que ele tem de entrar pela direita, pela esquerda, pelo centro, que ele tem de chutar para gol, ou seja, o que nós vamos fazer é uma preleção para que o time novo que está entrando em campo faça os gols"
Oportunidade
Para Lula, ser ministro é a "oportunidade da vida" desses secretários que assumiram a titularidade das pastas. "Eu vou tentar estabelecer uma afinidade maior. São todos jovens, com disposição de trabalhar, e nós vamos trabalhar muito mais. E aí eu vou ter de me dedicar muito mais", disse.
"Eu até já falei para a Marisa [a primeira-dama Marisa Letícia]: se você achava que eu estava trabalhando muito, pode se preparar porque daqui para a frente nós vamos ter de trabalhar muito mais vamos ter de fiscalizar muito mais, vamos ter de estar em cima muito mais", prosseguiu. "No final do mandato, nós temos de trabalhar mais. Trabalhar muito mais, porque as coisas estão para acontecer exatamente agora."