Economia

Lula critica transferência de ônus da crise para mais pobres

No 3º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, o presidente defendeu os imigrantes e condenou a xenofobia

O presidente Lula discursa na abertura do 3º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações (.)

O presidente Lula discursa na abertura do 3º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje (28) governantes que buscam respostas para a crise econômica por meio da transferência do ônus para "os mais fracos". Lula participou da abertura do 3º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, no Museu de Arte Moderna, na cidade do Rio de Janeiro.

"Incapazes de assumir seus próprios erros, alguns governantes buscam transferir o ônus da crise para os mais fracos. Adotam medidas protecionistas que oneram bens e serviços exportados para países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, se mostram lenientes com os paraísos fiscais e responsabilizam imigrantes pela crise social", disse Lula.

Ao se referir aos imigrantes, que são um dos temas do fórum, Lula disse que o Brasil está aberto e solidário para quem vem ao país em busca de "trabalho digno e vida melhor". Ele defendeu também o combate à xenofobia. "A comunidade internacional precisa reagir. Combater as manifestações de xenofobia e de racismo é tarefa inadiável."

O presidente também voltou a pedir a reforma das instituições multilaterais internacionais. "A crise financeira que se abateu sobre todos mostrou o quão necessário será contar com organizações multilaterais vigorosas, à altura de um mundo cada vez mais diverso e multipolar. Mas constatamos grande resistência a mudanças", disse.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasLuiz Inácio Lula da SilvaPaíses emergentesPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Fazenda mantém projeção do PIB de 2024 em 2,5%; expectativa para inflação sobe para 3,9%

Mais na Exame