Economia

Lojistas esperam pior resultado do Dia dos Pais em 3 anos

A expectativa é de alta das vendas de apenas 4% entre os dias 3 e 8 de agosto


	Dia dos Pais: a baixa empregabilidade e a queda da renda real do consumidor devem ser as grandes responsáveis pela desaceleração das vendas
 (Renato Araújo/ABr)

Dia dos Pais: a baixa empregabilidade e a queda da renda real do consumidor devem ser as grandes responsáveis pela desaceleração das vendas (Renato Araújo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2013 às 11h55.

Brasília  - A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) já esperam que as vendas do comércio para o próximo Dia dos Pais, 11 de agosto, apresentem o pior resultado dos últimos três anos.

A expectativa é de alta das vendas de 4%. Nos anos anteriores, as expansões foram bem mais fortes: 4,75%, em 2012; 6,86%, em 2011; e 10%, em 2010. A projeção considera expectativas de vendas a prazo do comércio brasileiro na semana entre os dias 3 e 8 de agosto.

"Se as expectativas se confirmarem, será o pior resultado dos últimos três anos", ressaltam CNDL e SPC, em nota divulgada nesta quinta-feira, 25. As duas entidades afirmam que a baixa empregabilidade e a queda da renda real do consumidor devem ser as grandes responsáveis pela desaceleração do setor.

O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, avalia que este ano o varejo não conta com fatores macroeconômicos que ajudavam a aquecer o setor no passado, como os altos índices de empregabilidade e a larga oferta de crédito a juros baixos.

"O cenário econômico é desfavorável. A inflação e a alta dos juros inibem o poder de compra do brasileiro. Prova disso é a queda de praticamente todos os índices de confiança do consumidor", afirma Pellizzaro, na nota.

Os lojistas consideram também que o ato de presentear no Dia dos Pais não tem o mesmo apelo emocional de datas como o Dia das Mães ou o Natal, quando há um compromisso do consumidor com gastos maiores.

Entre os produtos mais procurados estão os itens de vestuário, calçados, perfumes, bebidas e artigos eletrônicos, informam CNDL e SPC.

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