Economia

Lojistas esperam alta de 10% nas vendas com a JMJ

A procura por produtos alusivos à jornada tem sido grande, em especial bonés, camisetas, CDs e DVDs de música católica e adereços religiosos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2013 às 17h15.

Rio de Janeiro - Os lojistas da cidade mantêm expectativa de crescimento das vendas em 10% este mês, em relação a julho do ano passado, impulsionadas pela presença de peregrinos e fiéis do Brasil e de várias partes do mundo que vão participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que começa no dia 23 e vai até 28 deste mês.

A informação é do presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro e do Conselho Empresarial de Comércio de Bens e Serviços da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Aldo Gonçalves.

A procura por produtos alusivos à jornada tem sido grande, em especial bonés, camisetas, CDs e DVDs de música católica, adereços religiosos, como medalhas, terços e imagens de santos, além de roupas esportivas.

O professor de Varejo da Fundação Getúlio Vargas, Daniel Plá, avalia que o evento católico terá impacto pequeno no comércio. “Menos de 15% dos comerciantes estão sendo beneficiados pelo evento da próxima semana”, disse à Agência Brasil. Segundo ele, as vendas esta semana têm sido boas para o comércio da zona sul e do centro da cidade devido ao aumento de turistas, comum nesta época do ano, “embora os hotéis não estejam totalmente ocupados”.

A partir do dia 23, quando começa oficialmente a jornada, o professor estima que o comércio do centro do Rio deve ser afetado pela concetração de fiéis e por causa dos feriados durante o evento, que resultarão no encerramento mais cedo dos expedientes. Os principais atos do evento ocorrerão em Copacabana, na zona sul, e em Guaratiba, na zona oeste. “Pode ser que o comércio da zona sul seja beneficiado”, disse Daniel Plá, referindo-se aos bares e restaurantes da orla.


Na avaliação de Daniel Plá, os maiores ganhos com a jornada devem ser sentidos no Brasil somente no médio e longo prazo. “A garotada estrangeira que está nas ruas, entusiasmada por permanecer estes dias no Rio de Janeiro, vai falar em seus países sobre como foi bem recebida”, disse, acrescentando que o retorno positivo para o país, em termos de turismo, deve ocorrer nos próximos dois ou três anos.

O presidente da Sociedade de Amigos da Rua da Alfândega e Adjacências (Saara), Ênio Bittencourt, prevê "no mínimo” expansão de 20% nas vendas este mês, em decorrência da JMJ, em comparação a julho do ano passado. Mas ele descartou que a contratação de funcionários temporários. “Não houve nenhuma contratação”, disse à Agência Brasil. O Saara engloba mais de 600 lojas e é considerado o maior shopping a céu aberto do estado do Rio.

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