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Parlamentares podem não aprovar nova meta fiscal

A maior resistência esperada é em relação às medidas que atingem os servidores públicos

Marcos Pestana: disse acreditar que, somente após o governo explicar os vetos, a resistência diminuirá (Facebook/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 10h40.

Última atualização em 17 de agosto de 2017 às 11h08.

Brasília - Lideranças do governo no Congresso Nacional preveem forte resistência de parlamentares para aprovar a revisão das metas fiscais que permitem rombo de R$ 159 bilhões neste e no próximo ano. Para eles, também haverá grande dificuldade para que o pacote de medidas que atingem os servidores públicos passem da forma como a equipe econômica divulgou. As propostas tramitarão de forma separada.

A intenção do governo de aprovar a mudança na meta fiscal de 2018 até 31 de agosto, quando terá que enviar o Orçamento ao Congresso Nacional, deve esbarrar na Comissão Mista de Orçamento (CMO), cujos integrantes ameaçam emperrar a apreciação dos novos números como retaliação ao vetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018.

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"Não estou me colocando contra esse objetivo, mas acho pouco provável que isso aconteça", disse o presidente do colegiado, senador Dário Berger (PMDB-SC).

"Na CMO teremos que construir um acordo, porque a comissão é muito sensível ao tema", reconheceu o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE).

Relator da LDO 2018, o deputado Marcos Pestana (PSDB-MG) dá o tom da resistência. "Meta é uma coisa que você segue, aumentar o déficit não é meta, é rendição a uma realidade", afirmou. O tucano disse acreditar que, somente após o governo explicar os vetos, a resistência diminuirá: "Se explicar, acho que vira a página."

Funcionalismo

No caso do pacote, a maior resistência esperada é em relação às medidas que atingem os servidores públicos, entre elas, o aumento da alíquota previdenciária dos atuais 11% para até 14% sobre o salário e o adiamento da concessão de reajuste salariais previstos inicialmente para janeiro de 2018.

"Essas devem apresentar maior resistência", disse o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Ressaltou, porém, que a recente decisão da maioria do pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) de não incluir proposta de reajuste salarial dos ministros da Corte pode "ajudar" nesse processo.

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