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Líder paraguaio critica impedimentos comerciais argentinos

Líder do bloco paraguaio no Parlamento do Mercosul criticou 'a intenção do governo argentino de aumentar as tarifas de importação de dez produtos'

Relatório diz que Buenos Aires 'se propôs a eliminar progressivamente as exportações para seu território' (Santiago Mazzarovich/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 19h41.

Assunção - O líder do bloco paraguaio no Parlamento do Mercosul (Parlasul), Alfonso González Núñez, opinou nesta segunda-feira que a Argentina avança para um 'isolamento comercial quase absoluto' com os impedimentos que impõe a seus parceiros de bloco (Brasil, Paraguai e Uruguai).

'A Argentina avança perigosamente rumo ao isolamento comercial quase absoluto, tanto no Mercosul quanto no resto do mundo, a julgar pelas medidas protecionistas que nos impõe dia após dia', afirmou Núñez em um relatório publicado pelo site do Senado paraguaio.

O legislador criticou 'a intenção do governo argentino de aumentar as tarifas de importação de dez produtos, entre bens de consumo, de capital e insumos', para 'enfrentar a desleal concorrência externa e a grande oferta de mercadorias que inunda seu mercado', segundo o texto.

O relatório acrescenta que Buenos Aires 'decididamente se propôs a eliminar progressivamente as exportações para seu território, incentivando e exercitando uma desequilibrada política de auto-abastecimento interno e a substituição das importações de manufatura local'.

Núñes relatou que a intenção argentina de aumentar as tarifas de importação seria formalizada perante a Comissão de Comércio do Mercosul para sua aprovação ou rejeição, com prévia autorização da presidente Cristina Kirchner.


O paraguaio também disse que a Comissão 'terá que analisar a situação meticulosamente em função do interesse do bloco para, posteriormente, emitir um parecer técnico, sem descuidar do que diz respeito aos países de fora do Mercosul, já que foram retomadas as conversas bilaterais com a União Europeia (UE)'.

Núñes se referiu às negociações realizadas na última semana em Bruxelas entre ambos blocos em busca de um acordo de parceria, em um momento em que a Argentina preside o Mercosul, e adverte que os europeus 'questionam abertamente o forte protecionismo praticado por Brasil e Argentina'.

'A atitude das autoridades argentinas, a qual fazem coro seus colegas brasileiros, se distancia cada vez mais dos preceitos da globalização, consentida e cultivada pelas nações que vislumbram na integração um mecanismo comprovadamente apto para reduzir as assimetrias', declarou o legislador.

Núñes sugere que Chile, Peru, Colômbia, México, Uruguai e o próprio Brasil estudem formalmente a possibilidade de apresentar um protesto perante a Organização Mundial do Comércio (OMC) com o objetivo de 'desestimular a inconsciência que domina o entendimento do Executivo argentino'.

O legislador paraguaio no Parlasul considerou que 'o protecionismo excessivo equivale ao confinamento comercial, uma espécie de sacrifício voluntário que, em curto, médio e longo prazo (...) fatalmente gerará graves problemas financeiros'.

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Assunção - O líder do bloco paraguaio no Parlamento do Mercosul (Parlasul), Alfonso González Núñez, opinou nesta segunda-feira que a Argentina avança para um 'isolamento comercial quase absoluto' com os impedimentos que impõe a seus parceiros de bloco (Brasil, Paraguai e Uruguai).

'A Argentina avança perigosamente rumo ao isolamento comercial quase absoluto, tanto no Mercosul quanto no resto do mundo, a julgar pelas medidas protecionistas que nos impõe dia após dia', afirmou Núñez em um relatório publicado pelo site do Senado paraguaio.

O legislador criticou 'a intenção do governo argentino de aumentar as tarifas de importação de dez produtos, entre bens de consumo, de capital e insumos', para 'enfrentar a desleal concorrência externa e a grande oferta de mercadorias que inunda seu mercado', segundo o texto.

O relatório acrescenta que Buenos Aires 'decididamente se propôs a eliminar progressivamente as exportações para seu território, incentivando e exercitando uma desequilibrada política de auto-abastecimento interno e a substituição das importações de manufatura local'.

Núñes relatou que a intenção argentina de aumentar as tarifas de importação seria formalizada perante a Comissão de Comércio do Mercosul para sua aprovação ou rejeição, com prévia autorização da presidente Cristina Kirchner.


O paraguaio também disse que a Comissão 'terá que analisar a situação meticulosamente em função do interesse do bloco para, posteriormente, emitir um parecer técnico, sem descuidar do que diz respeito aos países de fora do Mercosul, já que foram retomadas as conversas bilaterais com a União Europeia (UE)'.

Núñes se referiu às negociações realizadas na última semana em Bruxelas entre ambos blocos em busca de um acordo de parceria, em um momento em que a Argentina preside o Mercosul, e adverte que os europeus 'questionam abertamente o forte protecionismo praticado por Brasil e Argentina'.

'A atitude das autoridades argentinas, a qual fazem coro seus colegas brasileiros, se distancia cada vez mais dos preceitos da globalização, consentida e cultivada pelas nações que vislumbram na integração um mecanismo comprovadamente apto para reduzir as assimetrias', declarou o legislador.

Núñes sugere que Chile, Peru, Colômbia, México, Uruguai e o próprio Brasil estudem formalmente a possibilidade de apresentar um protesto perante a Organização Mundial do Comércio (OMC) com o objetivo de 'desestimular a inconsciência que domina o entendimento do Executivo argentino'.

O legislador paraguaio no Parlasul considerou que 'o protecionismo excessivo equivale ao confinamento comercial, uma espécie de sacrifício voluntário que, em curto, médio e longo prazo (...) fatalmente gerará graves problemas financeiros'.

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