Levy pede que Congresso assuma responsabilidade sobre ajuste
O ministro da Fazenda pediu que o Congresso Nacional assuma a responsabilidade em relação ao ajuste fiscal
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2015 às 23h48.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , pediu nesta terça-feira que o Congresso Nacional assuma a responsabilidade em relação ao ajuste fiscal.
Em entrevista à NBR, ele disse que os parlamentares precisam contribuir para trazer o Brasil de volta ao caminho do crescimento.
“O governo está ouvindo o Senado, a Câmara e todos aqueles que, no fim das contas, terão de votar. O governo fez propostas de como colocar o Brasil na rota do crescimento, mas elas só virarão lei se forem votadas pelas duas casas. O Congresso tem papel fundamental para o Brasil voltar a crescer, e 2016 será um ano de baixa inflação e de crescimento melhor”, destacou o ministro.
Levy tentou minimizar o impacto da crise política na atividade econômica, mas reconheceu que as dificuldades de relação entre o Poder Executivo e o Congresso têm afetado a recuperação do país.
“Existe um pouquinho de incerteza que não é econômica. Alguns dizem que isso tem atrapalhado a economia, porque tem levado as pessoas a ficar com um pouco mais de dúvida [em relação ao país]. Acho que tem um elemento sim. Em condições normais, se não tivesse tanta discussão em algumas coisas, a gente estaria começando a sentir a recuperação em termos mais fortes.”
Sobre a necessidade do ajuste, o ministro reiterou que o governo está contendo os gastos em 2015 e cortou mais de R$ 80 bilhões de despesas apenas neste ano.
“Tem muita gente que fala que o governo tem de cortar na carne. É verdade. Se não tem dinheiro, tem de gastar menos e definir prioridades. Outro dia alguém me falou que quem não vive com R$ 1 mil não consegue viver com R$ 10 mil. Então, é preciso disciplina para saber viver com o que tem. Cortamos os gastos em quase R$ 80 bilhões neste ano. No ano que vem, vamos continuar economizando certos gastos.”
O ministro reconheceu que uma das medidas mais duras do novo pacote fiscal foi o adiamento do reajuste dos servidores públicos. No entanto, ele disse que o atual momento econômico exige o comprometimento de todos os segmentos da sociedade.
Minha Casa, Minha Vida
“Obviamente, a gente está vendo desafios de salários no setor privado. Portanto, é natural distribuir esse impacto para outros setores da economia.”, comentou.
Para demonstrar que o governo continuará priorizando os programas sociais, Levy citou o valor recorde do Plano Safra deste ano. Ele afirmou que, apesar do corte de R$ 4,8 bilhões no Programa Minha Casa, Minha Vida, a construção das unidades contratadas está preservada.
“O Orçamento de 2016 tem R$ 11 bilhões de recursos próprios e mais R$ 4 bilhões do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço] voltados para as construções do Minha Casa, Minha Vida. Nunca se investiu tanto na construção de moradias populares, mesmo com toda a crise e todos os desafios na economia”, garantiu Levy.
Segundo ele, o governo preservou o programa porque entende a importância dele para manter a atividade em muitas regiões, como no Nordeste.
"O Orçamento procurou preservar o programa, não só porque ter casa é importante, mas porque a construção civil é um dos setores que mais gera emprego. O governo está separando dinheiro para continuar todas as casas contratadas. Temos mais de 2,75 milhões de casas completas e pelo menos 1 milhão a serem concluídas [pelo programa]”, acrescentou.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , pediu nesta terça-feira que o Congresso Nacional assuma a responsabilidade em relação ao ajuste fiscal.
Em entrevista à NBR, ele disse que os parlamentares precisam contribuir para trazer o Brasil de volta ao caminho do crescimento.
“O governo está ouvindo o Senado, a Câmara e todos aqueles que, no fim das contas, terão de votar. O governo fez propostas de como colocar o Brasil na rota do crescimento, mas elas só virarão lei se forem votadas pelas duas casas. O Congresso tem papel fundamental para o Brasil voltar a crescer, e 2016 será um ano de baixa inflação e de crescimento melhor”, destacou o ministro.
Levy tentou minimizar o impacto da crise política na atividade econômica, mas reconheceu que as dificuldades de relação entre o Poder Executivo e o Congresso têm afetado a recuperação do país.
“Existe um pouquinho de incerteza que não é econômica. Alguns dizem que isso tem atrapalhado a economia, porque tem levado as pessoas a ficar com um pouco mais de dúvida [em relação ao país]. Acho que tem um elemento sim. Em condições normais, se não tivesse tanta discussão em algumas coisas, a gente estaria começando a sentir a recuperação em termos mais fortes.”
Sobre a necessidade do ajuste, o ministro reiterou que o governo está contendo os gastos em 2015 e cortou mais de R$ 80 bilhões de despesas apenas neste ano.
“Tem muita gente que fala que o governo tem de cortar na carne. É verdade. Se não tem dinheiro, tem de gastar menos e definir prioridades. Outro dia alguém me falou que quem não vive com R$ 1 mil não consegue viver com R$ 10 mil. Então, é preciso disciplina para saber viver com o que tem. Cortamos os gastos em quase R$ 80 bilhões neste ano. No ano que vem, vamos continuar economizando certos gastos.”
O ministro reconheceu que uma das medidas mais duras do novo pacote fiscal foi o adiamento do reajuste dos servidores públicos. No entanto, ele disse que o atual momento econômico exige o comprometimento de todos os segmentos da sociedade.
Minha Casa, Minha Vida
“Obviamente, a gente está vendo desafios de salários no setor privado. Portanto, é natural distribuir esse impacto para outros setores da economia.”, comentou.
Para demonstrar que o governo continuará priorizando os programas sociais, Levy citou o valor recorde do Plano Safra deste ano. Ele afirmou que, apesar do corte de R$ 4,8 bilhões no Programa Minha Casa, Minha Vida, a construção das unidades contratadas está preservada.
“O Orçamento de 2016 tem R$ 11 bilhões de recursos próprios e mais R$ 4 bilhões do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço] voltados para as construções do Minha Casa, Minha Vida. Nunca se investiu tanto na construção de moradias populares, mesmo com toda a crise e todos os desafios na economia”, garantiu Levy.
Segundo ele, o governo preservou o programa porque entende a importância dele para manter a atividade em muitas regiões, como no Nordeste.
"O Orçamento procurou preservar o programa, não só porque ter casa é importante, mas porque a construção civil é um dos setores que mais gera emprego. O governo está separando dinheiro para continuar todas as casas contratadas. Temos mais de 2,75 milhões de casas completas e pelo menos 1 milhão a serem concluídas [pelo programa]”, acrescentou.