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Levy diz que não planeja deixar o governo

O ministro da Fazenda desmentiu especulações de que estaria planejando deixar o governo, após informações da imprensa

Joaquim Levy, ministro da Fazenda (Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2015 às 21h54.

Washington - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , desmentiu nesta segunda-feira especulações de que estaria planejando deixar o governo, após informações da imprensa de embate com outros ministros sobre as medidas de austeridade que ele tenta implementar.

Ao conceder uma entrevista coletiva em Washington, nos Estados Unidos, Levy disse que membros da equipe da presidente Dilma Rousseff estão trabalhando juntos para que o país possa voltar a crescer.

O ministro tirou licença até quarta-feira, inflamando especulações de mercado de que ele poderia deixar o governo. Levy tem família em Washington e afirmou que a viagem foi autorizada pela presidente para que pudesse passar tempo com a família.

No entanto, Levy afirmou que esta viagem não tinha relação com qualquer dificuldade no governo.

O ministro convocou uma entrevista a jornalistas nesta segunda-feira, durante seu período de folga em Washington, em dia de tensão política na cena brasileira e instabilidade nos mercados mundiais.

Nesta segunda-feira, o vice-presidente Michel Temer deixou o comando do dia a dia da articulação política do governo da presidente Dilma Rousseff e passará a se concentrar apenas em temas maiores da articulação, disseram à Reuters fontes próximas ao setor no Planalto.

Os temores com China, após o mercado acionário do país despencar mais de 8 por cento, provocaram tensões nos mercados globais.

Levy afirmou que o governo avalia os desdobramentos no país asiático com bastante atenção e destacou que a China atravessa um momento de transição na sua economia e que esta mudança será bem-sucedida. O ministro sugeriu ainda que os mercados financeiros estavam reagindo à situação "sem informações completas".

Nos Estados Unidos, as bolsas caíram quase 4 por cento, enquanto que o índice das principais ações europeias teve perda superior a 5 por cento. No Brasil, o principal índice da bolsa paulista caiu 3 por cento, à mínima desde 2009, enquanto que o dólar subiu à maior cotação ante o real em mais de 12 anos.

IMPOSTOS Questionado sobre os eventuais planos para promover aumento de impostos, Levy disse que o governo está avaliando "todas as alternativas para ter um orçamento robusto".

O ministro disse que o governo não está considerando o aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), incidente sobre combustíveis. "Não estou vendo aumento da Cide", disse ele.

Levy afirmou ainda que o governo está trabalhando para apresentar um plano de orçamento para 2016 que aumente a confiança da capacidade de atingir suas metas fiscais.

Mais cedo, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo planeja cortar 10 dos atuais 39 ministérios para tornar o Estado mais eficiente. No entanto, ele não especificou quanto o governo poderia economizar.

Texto atualizado às 21h54

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Washington - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy , desmentiu nesta segunda-feira especulações de que estaria planejando deixar o governo, após informações da imprensa de embate com outros ministros sobre as medidas de austeridade que ele tenta implementar.

Ao conceder uma entrevista coletiva em Washington, nos Estados Unidos, Levy disse que membros da equipe da presidente Dilma Rousseff estão trabalhando juntos para que o país possa voltar a crescer.

O ministro tirou licença até quarta-feira, inflamando especulações de mercado de que ele poderia deixar o governo. Levy tem família em Washington e afirmou que a viagem foi autorizada pela presidente para que pudesse passar tempo com a família.

No entanto, Levy afirmou que esta viagem não tinha relação com qualquer dificuldade no governo.

O ministro convocou uma entrevista a jornalistas nesta segunda-feira, durante seu período de folga em Washington, em dia de tensão política na cena brasileira e instabilidade nos mercados mundiais.

Nesta segunda-feira, o vice-presidente Michel Temer deixou o comando do dia a dia da articulação política do governo da presidente Dilma Rousseff e passará a se concentrar apenas em temas maiores da articulação, disseram à Reuters fontes próximas ao setor no Planalto.

Os temores com China, após o mercado acionário do país despencar mais de 8 por cento, provocaram tensões nos mercados globais.

Levy afirmou que o governo avalia os desdobramentos no país asiático com bastante atenção e destacou que a China atravessa um momento de transição na sua economia e que esta mudança será bem-sucedida. O ministro sugeriu ainda que os mercados financeiros estavam reagindo à situação "sem informações completas".

Nos Estados Unidos, as bolsas caíram quase 4 por cento, enquanto que o índice das principais ações europeias teve perda superior a 5 por cento. No Brasil, o principal índice da bolsa paulista caiu 3 por cento, à mínima desde 2009, enquanto que o dólar subiu à maior cotação ante o real em mais de 12 anos.

IMPOSTOS Questionado sobre os eventuais planos para promover aumento de impostos, Levy disse que o governo está avaliando "todas as alternativas para ter um orçamento robusto".

O ministro disse que o governo não está considerando o aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), incidente sobre combustíveis. "Não estou vendo aumento da Cide", disse ele.

Levy afirmou ainda que o governo está trabalhando para apresentar um plano de orçamento para 2016 que aumente a confiança da capacidade de atingir suas metas fiscais.

Mais cedo, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo planeja cortar 10 dos atuais 39 ministérios para tornar o Estado mais eficiente. No entanto, ele não especificou quanto o governo poderia economizar.

Texto atualizado às 21h54
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