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Leilão de Libra poderá ter mais de 3 consórcios, diz ANP

Segundo a diretora da agência, a reserva receberá ofertas elevadas apesar da ausência de grandes petroleiras norte-americanas e britânicas na licitação

Plataforma de petróleo: empresas como Exxon e BG não pagaram taxa de participação para a primeira rodada do pré-sal (Yuriko Nakao/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2013 às 09h29.

Rio de Janeiro - O leilão da reserva de petróleo de Libra poderá contar com mais de três consórcios concorrentes, sinalizou nesta sexta-feira a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard.

Apenas 11 empresas, a maioria asiáticas, pagaram a taxa de participação no leilão de Libra, área considerada a maior reserva de petróleo já descoberta no pré-sal brasileiro, com entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris.

Se todas as 11 empresas forem habilitadas e participarem de fato do leilão, pelo menos três consórcios serão formados, pois as regras limitam a cinco o número de participantes de cada consórcio concorrente.

Questionada pela Reuters se mais de três consórcios poderiam disputar a área no pré-sal da Bacia de Santos, na licitação marcada para 21 de outubro, a diretora-geral da ANP disse que sim.

"Pelo tamanho delas, acho possível até que possamos ver consórcio de poucas ou de apenas uma empresa neste leilão", afirmou Magda. "Esse sim é o grande segredo do negócio, como serão formados os consórcios", acrescentou, por telefone.

Para ela, Libra receberá ofertas elevadas apesar da ausência de petroleiras norte-americanas e britânicas na licitação. "O fato de termos sete das 11 empresas do setor de maior valor agregado do mundo nos leva a pensar que haverá disputa... Não posso achar que não será disputado." "Essas empresas (que pagaram a taxa) são tão grandes, tão capitalizadas... absolutamente capazes de fazer ofertas", insistiu.

As declarações foram feitas um dia após a própria diretora-geral da ANP ter revelado que petroleiras como Exxon Mobil e BG não pagaram a taxa de participação para a primeira rodada do pré-sal.


ASIÁTICAS DOMINAM A lista das 11 empresas que pagaram para participar do leilão de Libra é formada pelas asiáticas Mitsui, ONGC, Petronas, CNOOC e CNPC, além de Ecopetrol, Petrogal (da portuguesa Galp e da chinesa Sinopec), Petrobras, Repsol Sinopec Brasil, Shell e Total.

O número ficou bastante aquém do esperado pela diretora-geral da ANP, que falava em 40 companhias.

Pela lei, a Petrobras será a operadora única do consórcio vencedor do leilão, com no mínimo 30 por cento de participação.

Para alguns especialistas, o fato de a legislação da partilha determinar que apenas a Petrobras pode ser operadora inibiu gigantes do setor que costumam ser operadoras.

O governo espera obter recursos bilionários com a reserva de Libra. Além do pagamento de royalties, a União também conta no longo prazo com a parcela de petróleo destinada à União, o chamado "óleo lucro". No curto prazo, o governo deve arrecadar 15 bilhões de reais com bônus de assinatura do leilão, que deverá ser pago à vista pelo vencedor da licitação.

No início da semana, em audiência no Congresso, Magda afirmou que Libra renderá ao país cerca de 900 bilhões de reais ao longo de 30 anos, considerando royalties e "óleo lucro".

*Matéria atualizada às 16h58

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Rio de Janeiro - O leilão da reserva de petróleo de Libra poderá contar com mais de três consórcios concorrentes, sinalizou nesta sexta-feira a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard.

Apenas 11 empresas, a maioria asiáticas, pagaram a taxa de participação no leilão de Libra, área considerada a maior reserva de petróleo já descoberta no pré-sal brasileiro, com entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris.

Se todas as 11 empresas forem habilitadas e participarem de fato do leilão, pelo menos três consórcios serão formados, pois as regras limitam a cinco o número de participantes de cada consórcio concorrente.

Questionada pela Reuters se mais de três consórcios poderiam disputar a área no pré-sal da Bacia de Santos, na licitação marcada para 21 de outubro, a diretora-geral da ANP disse que sim.

"Pelo tamanho delas, acho possível até que possamos ver consórcio de poucas ou de apenas uma empresa neste leilão", afirmou Magda. "Esse sim é o grande segredo do negócio, como serão formados os consórcios", acrescentou, por telefone.

Para ela, Libra receberá ofertas elevadas apesar da ausência de petroleiras norte-americanas e britânicas na licitação. "O fato de termos sete das 11 empresas do setor de maior valor agregado do mundo nos leva a pensar que haverá disputa... Não posso achar que não será disputado." "Essas empresas (que pagaram a taxa) são tão grandes, tão capitalizadas... absolutamente capazes de fazer ofertas", insistiu.

As declarações foram feitas um dia após a própria diretora-geral da ANP ter revelado que petroleiras como Exxon Mobil e BG não pagaram a taxa de participação para a primeira rodada do pré-sal.


ASIÁTICAS DOMINAM A lista das 11 empresas que pagaram para participar do leilão de Libra é formada pelas asiáticas Mitsui, ONGC, Petronas, CNOOC e CNPC, além de Ecopetrol, Petrogal (da portuguesa Galp e da chinesa Sinopec), Petrobras, Repsol Sinopec Brasil, Shell e Total.

O número ficou bastante aquém do esperado pela diretora-geral da ANP, que falava em 40 companhias.

Pela lei, a Petrobras será a operadora única do consórcio vencedor do leilão, com no mínimo 30 por cento de participação.

Para alguns especialistas, o fato de a legislação da partilha determinar que apenas a Petrobras pode ser operadora inibiu gigantes do setor que costumam ser operadoras.

O governo espera obter recursos bilionários com a reserva de Libra. Além do pagamento de royalties, a União também conta no longo prazo com a parcela de petróleo destinada à União, o chamado "óleo lucro". No curto prazo, o governo deve arrecadar 15 bilhões de reais com bônus de assinatura do leilão, que deverá ser pago à vista pelo vencedor da licitação.

No início da semana, em audiência no Congresso, Magda afirmou que Libra renderá ao país cerca de 900 bilhões de reais ao longo de 30 anos, considerando royalties e "óleo lucro".

*Matéria atualizada às 16h58

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